sexta-feira, 26 novembro 2010 14:55

GTF - Gabinete Técnico Florestal

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Gabinete Técnico Florestalx

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O Gabinete Técnico Florestal de Sernancelhe surgiu ao abrigo de um protocolo celebrado entre a extinta Agência para a Prevenção de Incêndios Florestais (APIF) e o Município de Sernancelhe. Visa a operacionalização do Sistema Nacional de Defesa da Floresta contra Incêndios bem como a implementação das Comissões Municipais de Defesa da Floresta contra Incêndios (Lei n.º 14/2004, de 8 de Maio).  

O Gabinete Técnico Florestal é a estrutura técnica permanente de apoio às Comissões Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios – CMDFCI. Este gabinete tem como objectivos fundamentais a concretização das tarefas de planeamento, operacional, gestão, controlo e administrativa de modo a que o combate aos fogos florestais seja devidamente planeado e estruturado.

Foi criado no dia 25 de Janeiro de 2005 e desenvolve tarefas principalmente no âmbito da Defesa da Floresta Contra Incêndios.

sexta-feira, 22 outubro 2010 10:43

Biblioteca Municipal - Apresentação

Biblioteca Municipal Abade Vasco Moreira

 

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A Biblioteca Municipal Abade Vasco Moreira encontra-se instalada na antiga Escola Primária de Sernancelhe, edifício do Plano Centenário, e enquadra-se de forma harminiosa do valioso Centro Histórico da Vila de Sernancelhe.

 

A atribuição do nome de Abade Vasco Moreira à Biblioteca Municipal deve-se ao facto de ser uma das figuras cimeiras deste Concelho, que deixou obra também em municípios vizinhos, e legou para a eternidade estudos, pesquisas e monografias, ainda hoje referências para estudiosos e simples curiosos. Foi uma figura distinta do clero e contribuiu indelevelmente para o progresso e evolução do Concelho de Sernancelhe.

 

O equipamento foi inaugurado a 26 de Julho de 2008, conta já com 350 utilizadores inscritos e alberga um espólio com cerca de 15 mil livros, onde se incluem várias doações, como: dois mil volumes doados pelo Prof. Joaquim Moreira Lopes, que já faziam parte do espólio da antiga Sala de Leitura; cerca de mil volumes pertencentes ao Dr. Francisco da Costa Marques; 200 volumes e muitos títulos de jornais e revistas do espólio de Adão Moreira Dias, entre outras.

 

Objectivos da Biblioteca

Na sua missão de centro de cultura e educação, a Biblioteca Municipal Abade Vasco Moreira pretende com a sua actividade:

 
  • Proporcionar o livre acesso à educação, à informação, e ao conhecimento, e ainda à recreação e lazer a todos os munícipes, contribuindo assim para elevar o nível cultural e a qualidade de vida dos cidadãos.
  • Fomentar o gosto pela leitura, organizando actividades que suscitem a participação da população.
  • Facilitar o acesso aos diversos suportes de informação (impressos, audiovisuais, multimédia e electrónicos), através da consulta local ou do empréstimo domiciliário.
  • Adquirir, organizar e disponibilizar colecções de modo a dar respostas às necessidades de informação, educação e conhecimento, contribuindo para a descentralização dos serviços de leitura pública no espaço concelhio.
  • Promover actividades de animação, como a Hora do Conto e divulgação cultural, contribuindo para a ocupação dos tempos livres da população.

 


Consultar o regulamento da Biblioteca Municipal Abade Vasco Moreira

pdf Regulamento da Biblioteca Municipal Abade Vasco Moreira (119.21 kB)


quarta-feira, 30 junho 2010 15:35

Que Visitar?

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QUE VISITAR

Seja bem-vindo a Sernancelhe. Chegou a um Concelho com uma área imensa de 220 quilómetros quadrados. Propomos-lhe agora que percorra o Concelho de Sernancelhe. Que descubra, seguindo as nossas rotas e roteiros, os locais onde a natureza se exprime de forma exuberante, onde as serras e os rios se unem, dando origem a cenários de grande beleza natural.

Graças às características mistas de vale e montanha, influenciadas pela ventosa Serra da Lapa, pela verdejante Borralheira, pela granítica Zebreira e pelos numerosos ribeiros que irrigam os pastos e os terrenos agrícolas à sua passagem, completa-se um cenário construído ao longo de séculos pela natureza e pelo homem.

 

São estes quadros paisagísticos, que a acção do homem conseguiu humanizar, que queremos que descubra e contemple. Por isso, este roteiro define quatro percursos possíveis.

 

 AS NOSSAS SUGESTÕES

 

sernancelhe

O primeiro, denominado “Vila de Sernancelhe”, oferece uma visita detalhada pela sede do concelho. É um percurso que deve ser efectuado a pé, sem pressas, e com predisposição para apreciar os inúmeros testemunhos da arquitectura local. Por aqui nasceu um Concelho anterior à fundação da nacionalidade portuguesa, que ostenta um impressionante património civil e religioso e continua a respeitar o passado para construir o seu futuro. >>Ver percurso
 

 

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Pela “Serra da Lapa” é o segundo percurso que lhe propomos. Partindo da sede do concelho em direcção à Senhora da Lapa, pode apreciar a localidade que conseguiu transformar as suas origens religiosas em cartão de visita. O Santuário Mariano com mais de 500 anos é de paragem obrigatória. Assim como uma visita ao Convento de Nª Sra. da Assunção (Tabosa) e à casa onde nasceu o escritor Aquilino Ribeiro. >> Ver percurso

 

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É “Entre a Serra e o Rio” que decorre o terceiro passeio pelo concelho. A primeira parte da viagem passa por aldeias onde os actos agrícolas estão ainda bem presentes no dia a dia dos habitantes locais. As casas em granito testemunham o apego das gentes destas aldeias ao seu meio e à prática secular da agricultura de subsistência. A segunda parte deste percurso acontece junto ao Rio Távora. Aldeias ribeirinhas como Faia e Fonte Arcada são motivo de visita demorada, já que oferecem zonas de lazer apropriadas a um fim de tarde de Verão. A não perder. >> Ver percurso
 

 

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Por fim, o percurso da “Serra do Pereiro”. Dominada por um vale profundo e verdejante, a serra carrega o peso de vários santuários onde a fé e devoção às santas origina romarias imponentes, como é o caso da Senhora de Ao Pé da Cruz. Uma visita ao Mosteiro da Ribeira e ao povoado granítico que o circunda é imprescindível. A finalizar, pode sempre deliciar-se com as trutas e os peixinhos do rio que os restaurantes confeccionam. >> Ver percurso
 
Aceite as nossas sugestões e comprove que Sernancelhe é isto e muito mais.
 
 
quarta-feira, 10 fevereiro 2010 17:00

Recursos Humanos

O Serviço de Recursos Humanos tem a responsabilidade de garantir a gestão, o desenvolvimento e a valorização dos recursos humanos no Município de Sernancelhe. Isso deve ser feito de forma a assegurar o bom funcionamento dos serviços, sempre alinhado a princípios de racionalidade, flexibilidade, rigor, equidade e responsabilização.

 


Procedimentos Concursais Mapa de Pessoal
Avisos RH  Outras Informações  
SIADAP    
quarta-feira, 13 janeiro 2010 17:54

União de Freguesias de Penso e Freixinho

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Penso

Penso - União de Freguesias de Penso e Freixinho

É aqui que chega o Ribeira de Guímar, proveniente da Serra da Lapa, dividindo a povoação enquanto caminha para o Távora. A fonte de duas bicas, ponto de paragem obrigatória para recolha do precioso líquido, nunca seca. Em qualquer época do ano jorra água em força para o tanque adjacente. Diz Vasco Moreira que Penso é terra antiga por onde terá passado uma via romana que de Lamego seguia até Almeida. Os tempos modernos trouxeram uma via em asfalto e com ela o consequente aumento de tráfego. De qualquer forma, não se desfez o triângulo com o vértice no monte e a base no vale e a companhia amiga da Serra da Borralheira. A Igreja Matriz, dedicada a S. Sebastião, é o “ex-libris” da aldeia. No interior encontra-se uma pia de água benta do século XV, provavelmente trazida de outro local. A janela manuelina por detrás do fontanário é outro exemplo de requinte construtivo. Penso tornou-se conhecida pela azenha e pelo alambique da família Aquino, que se deslocou da margem do rio aquando da construção da Barragem de Vilar.

 

A-de-Barros

A-de-Barros - União de Freguesias de Penso e Freixinho

A-de-Barros, vizinha da estrada nacional 226, situa-se a um quilómetro da freguesia a que pertence: Penso. Impregnada no sopé dos montes que descem de Carregal, é uma localidade que data do século XIII. O bonito casario, sobranceiro ao Távora, partilha o pedaço de margem com a Casa de Adbarros ou Solar dos Noronhas. Consta que o solar simboliza a aliança antiga entre a realeza e o povo e que foi uma das mais ricas e nobres da Beira, ainda hoje reconhecida pela circunstância de ter sido hospedagem de D. Dinis. O lavrador, que era proprietário da casa, passou a fidalgo pelo facto de ter recebido distintamente o Rei Lavrador.

 

Freixinho

Freixinho - União de Freguesias de Penso e Freixinho

Freixinho é uma freguesia famosa pelas suas Cavacas, pelo bom vinho e pelo azeite de excelente qualidade. É outra das aldeias vizinhas do Távora que muito se alterou com a subida das águas depois da construção da barragem. A população, privada das melhores parcelas agrícolas e pomares, deslocou-se para o Monte Gordo, onde plantou videiras e oliveiras. Com a margem direita do rio mantém hoje uma relação cordial, onde construiu inclusive uma moderna zona de lazer e recreio, equipada para proporcionar tardes de diversão a toda a população e a quem visita a aldeia, principalmente por alturas do Verão. Aceder a esse local de recreio é hoje um convite a passear pela deslumbrante marginal que circunda a aldeia de Freixinho, com início no recuperado Forno Comunitário. Mas a história de Freixinho é a história do Recolhimento de Nossa Senhora do Carmo, hoje hotel rural. Fundado em 1704 por João de Gouveia Coutinho, escapou à devastação das invasões francesas, não resistindo, contudo, ao período conturbado de 1910, que levou à sua confiscação. As religiosas foram expulsas e com o desaparecimento do Recolhimento as classes humildes da freguesia perderam um importante auxílio para a sua vida educativa, religiosa e social. Entretanto, já as saborosas Cavacas de Freixinho tinham transposto os muros da cerca e granjeado admiradores pelo país. Essencialmente agrícola, Freixinho é uma aldeia onde a Igreja Matriz de S. Miguel Arcanjo, construída no século XVI, sobressai do conjunto do edificado. É constituída por duas capelas interiores: a de Nossa Senhora da Conceição (fundada pela família Cunha); e a de S. José (fundada pela família dos Soutos). Em cima da Ponte de Freixinho vale a pena parar e admirar a calmaria do Távora. Em tempos, o rio não foi tão pacífico e engoliu a Ponte do Pontigo, a única travessia que garantia a regularidade das trocas comerciais com a Freguesia de Penso. Ainda lá estão os arranques da ponte de um arco, com a sua pedra geometricamente aparelhada. A montante deste local, admira-se hoje uma das mais significativas obras do Concelho de Sernancelhe: o Açúde do Távora, espelho de água que será a âncora da estratégia de dinamização turísitica do Concelho e o novo fôlego para as aldeias ribeirinhas e a região.

 

quarta-feira, 13 janeiro 2010 17:35

Vila da Ponte

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Vila da Ponte

Freguesia de Vila da Ponte

A freguesia conhecida como a Pérola do Távora deve o seu nome a uma antiga ponte de cantaria que ali existiu. Abrigada pelos montes da Borralheira e Gordo, a aldeia é conhecida também pelo bonito Santuário da Senhora das Necessidades e pelo aproveitamento que as suas gentes tiram do rio, principalmente a nível gastronómico. Os restaurantes da aldeia reservam grande espaço nos seus menus para os petiscos à base de peixinhos do rio. Ocupada pelos romanos, paróquia cristã durante a Idade Média, a Vila da Ponte ganhou o estatuto de Vila em 1661, tendo-lhe sido atribuída Câmara, Casa da Cadeia e Pelourinho. O facto levou ao aparecimento da fidalguia. Gouveias, Fonsecas, Rebelos, Almeidas, Leitões, Cardosos e Lucenas ergueram aqui as suas casas, das quais ainda se apreciam construções espaçosas e elegantes, ostentando nas fachadas os seus brasões. O Largo da Praça é o ex-libris da aldeia, evidenciando a importância administrativa de outrora. As invasões francesas marcaram muito Vila da Ponte. As tropas de Napoleão permaneceram aqui três meses, transformando a Igreja em depósito de munições de guerra. A vila perderia o seu estatuto em 1885, integrando definitivamente o concelho de Sernancelhe. Dento da povoação há várias capelinhas que espelham a devoção das gentes de Vila da Ponte. A de São Sebastião é uma das mais antigas e curiosas por ter na sineira lateral um santo de pedra. Cardia e São Roque são duas das quintas anexas de Vila da Ponte. Cardia é muito interessante por se situar em cima de uma enorme laje. A mesma laje que foi palco lendário de danças de feiticeiros e de piruetas de lobisomens. Vila da Ponte é hoje o cerne do projeto turístico delineado para o Rio Távora. Na margem direita do rio já nasceram o Largo de Festas e o Espaço de Jogos, sendo a freguesia muito procurada para veraneio. O espelho de água é hoje uma imagem de marca da Vila da Ponte, que aposta forte na canoagem e no acolhimento a provas de índole nacional.

quarta-feira, 13 janeiro 2010 17:31

União de Freguesias de Sernancelhe e Sarzeda

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Sernancelhe

 Vila de Sernancelhe

Varrida pelo vento de todos os lados, a Vila de Sernancelhe não esconde que se situa a 650 metros de altitude. No baixio é abraçada pelos rios Távora e Medreiro, que refrescam as margens, fertilizam os campos e irrigam as culturas. Nas encostas florescem quintas de pomares e vinhas, campos de batatas e milho… culturas que foram, em tempos, símbolo de um concelho farto e rico. Tão rico e diverso que a Vila acabaria por ter um passado grandioso, como se constata pelo número e proporções dos seus edifícios. A época medieval também marcou Sernancelhe, deixando na sua igreja e nas sepulturas antropormóficas que a circundam um cartão de visita para a eternidade. O ponto mais alto é o Monte Castelo. Foi por detrás da Porta do Sol que terão sido dados os primeiros passos para edificar um concelho que é anterior à fundação da nacionalidade. Depois de subirmos o escadario que conduz à Santinha, podemos olhar a esplêndida paisagem que desafia a linha do horizonte. Recriando um misto de vale e montanha, são os castanheiros que mais contribuem para o colorido da encosta do Monte da Senhora de Ao Pé da Cruz, a padroeira da Vila, com festa marcada para o três de maio. Com efeito, é também a partir do Monte Castelo que se desenha sobre a Vila um mapa de contornos bem definidos. O Adro, aglutinador de civilidade, foi a praça da vila até ao século XIX. Ao lado da Igreja, construída em finais do século XII, ergue-se na antiga Escola Primária o edifício da Biblioteca Municipal. Mais adiante, o Pelourinho, de alto fuste granítico, data de 1554 e é fronteiro à Casa da Câmara, da qual parece companheiro inseparável. O Museu Padre Cândido guarda hoje os vestígios arqueológicos que explicam esta terra, bem como a paramentaria religiosa pertença da Igreja de Sernancelhe. A Ordem de Malta, à qual se deve o período próspero do Concelho de Sernancelhe, exibe ainda a Casa onde durante anos notáveis freires e comendadores desenvolveram valorosas iniciativas em prol da comunidade. Recuperada para unidade hoteleira, a imponente mas sóbria habitação ostenta ainda o brasão onde se inscreve a data de 1611. Mais recente é o Auditório Municipal, o espaço onde têm lugar os acontecimentos culturais mais relevantes do concelho. Este edifício desempenhou ao longo dos anos muitas funções cívicas, sendo as mais relevantes as de Câmara Municipal e Registo Civil. A fidalguia deixou-nos exemplares como a Casa dos Condes da Lapa e Barões de Moçâmedes. O Solar dos Carvalhos, que desponta por detrás da Igreja, foi construído no século XVIII a partir dos materiais dominantes no concelho, como o granito, e encontra-se em admirável estado de conservação. Descendo pela rua Oliveira Serrão, que conduz ao actual edifício dos Paços do Concelho, pode apreciar um conjunto de habitações com um traça bem peculiar, hoje dedicadas essencialmente ao comércio tradicional. A rua é larga, ligeiramente inclinada, e leva-nos até à Escola de Trânsito, onde as crianças recebem os primeiros ensinamentos teóricos e práticos sobre prevenção rodoviária. Em frente, um portão de grandes proporções indicia que estamos a entrar no Centro de Artes, onde se situa também a Loja Interativa de Turismo. Mesmo ao lado surge o Centro Infantil, o edifício moderno onde funciona uma creche e um jardim infantil. Em plena Avenida das Tílias decorre grande parte da atividade comercial da Vila, amirando-se, no local onde exisitiu o antigo hospital, a moderna Unidade de Cuidados Continuados de Sernancelhe, edifício da Santa Casa da Misericórdia. Resguardadas pela frescura das copas de dezenas de árvores, podemos aceder a instituições como a Escola Profissional de Sernancelhe, o Centro de Saúde, a Central de Camionagem ou o Parque da Feira. Mais ao lado fica a Piscina Municipal e o campo de ténis. Continuando pela avenida principal da Vila chegamos à Ponte do Rio. Recebe-nos a Capela de Nossa Senhora dos Prazeres, que sobressai no fabuloso enquadramento paisagístico. Descemos até à margem do rio e, percorrendo alguns metros, deparamo-nos com a Fonte de Mergulho de arcatura geminada, datada do século XVII. “O sítio da Ponte do Rio é um lugar poético, que um dia haverá de tornar-se talvez espaço de ecomuseu, com represa lembrando lavadeiras, a capela setecentista de elegante alpendre, a fonte de mergulho, o moinho de água e a ponte do Medreiro mais abaixo”, escreve Alberto Correia, aludindo àquele local. Bem perto deste ponto, destaque para o Expo Salão Sernancelhe, um espaço de referência regional no que à promoção e valorização dos produtos e produtores locais diz respeito. Continuando junto à margem do pequeno riacho chegamos à Praça Padre João Rodrigues. Construída na década de 90 pela autarquia, presta uma singela homenagem ao ilustre sernancelhense que escreveu a primeira gramática de japonês. Ao lado surge o Pavilhão Municipal e a Escola E.B. 2,3. A Praça de Jacou, vila francesa com a qual Sernancelhe se geminou, simboliza a união entre dois povos diferentes na língua mas iguais no desejo de trocar experiências culturais. Por forma da Reorganização Administrativa do Território das freguesias, em 2013, alterou-se a designação da Freguesia, sendo hoje União de Freguesias de Sernancelhe e Sarzeda, incluindo as localidades de Ponte do Abade, Mosteiro e Seixo.

 

 

Ponte do Abade

Ponte do Abade - União de Freguesias de Sernancelhe e Sarzeda

Nesta povoação, anexa da freguesia de Sernancelhe, é a ponte românica que une e que separa tudo. Une a povoação e os habitantes, mas ergue uma fronteira administrativa que redunda na pertença a duas freguesias, dois concelhos, dois distritos, duas paróquias, dois bispados… tudo por causa do rio atravessar a aldeia, tudo por causa da ponte de dois arcos levantada sobre o Távora! Do património religioso consta a capela dedicada a Nossa Senhora do Amparo, uma construção recente, mas que é motivo de grande movimentação religiosa. Porque Ponte do Abade é atravessada por uma estrada nacional, cedo se transformou em albergaria. A aldeia ficaria conhecida pelo seu requinte gastronómico, como é o caso do bacalhau à Ponte do Abade, regado com azeite da região e acompanhado pelo estaladiço pão, cozido nas padarias da terra. As migas de bacalhau ou a sopa da pedra trazem à memória a arte culinária de muitos filhos desta povoação. Os peixinhos do rio em molho de escabeche, assim como as trutas pescadas no Távora, também constam da ementa local.

 

 

Mosteiro da Ribeira

Mosteiro da Ribeira - União de Freguesias de Sernancelhe e Sarzeda

Situado na margem direita do Távora, este povoado distribui-se pelo casario que nasceu à sombra do velho Mosteiro, construído no século XV, para frades de S. Francisco e que, no século seguinte, passou para freiras da mesma ordem religiosa. O Mosteiro é o símbolo da povoação e um dos mais belos exemplares da arquitetura religiosa do concelho de Sernancelhe, conhecido como “Terra de Mosteiros” devido ao número e importância das suas edificações. A igreja, recentemente recuperada, enriquece o conjunto e ostenta um belíssimo altar-mor de talha de finais do século XVII. O teto tem pinturas com monjas santas e outros santos populares. No interior da cerca do Mosteiro há uma série de pequenas capelas, uma fonte de água e um reservatório que permitia o abastecimento ao edifício e era usado para rega de culturas. Dizia Abade Vasco Moreira, no livro “Terras da Beira – Sernancelhe e Seu Algoz”, a propósito de Mosteiro da Ribeira: é um “Vale tão gracioso que só devia ser habitado, depois das monjas, pelos poetas”.

quarta-feira, 13 janeiro 2010 17:21

Sarzeda

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Sarzeda

Irmãos no sofrimento, humildes no estilo de vida, os habitantes desta aldeia são hoje conhecidos pelo forte espírito comunitário que os une. Diz-se que o melhor que esta gente tem é que gosta de bem receber e, por isso, coloca na mesa pão, salpicão, presunto e vinho com fartura. Vencedora de vários concursos anuais de castanha, Sarzeda tira partido do solo ímpar que possui e faz da agricultura importante complemento económico. Subindo ao ponto mais alto, ao monte de Santa Bárbara (que protege das trovoadas), avistam-se os frondosos soutos, os palheiros nas eiras, as mimosas, os linhares e as vinhas. Este recinto, onde acontece festa rija, foi requalificado e ganhou a dignidade merecida, permitindo o culto e, em simultâneo, o lazer e o recreio das gentes da Sarzeda. Dentro da povoação, pode contemplar-se a capela de S. Sebastião e a Igreja Matriz, levantada no século XVII por influência da Ordem de Malta. Muito ligada aos ofícios, onde pontua a madeira, o mármore e o granito, Sarzeda guarda ainda alguns símbolos da antiguidade, como são os casos das sepulturas antropormóficas cavadas em rochedos no sítio dos Lameirões e no Pocelo.

Seixo

Fica desviada, para norte, alguns quilómetros da Sarzeda. A igreja matriz dedicada a Santa Maria Madalena, trasladada para lugar mais aprazível, merece uma visita. As gentes, tal como as de Sarzeda, são aguerridas mas hospitaleiras. O povinho tem ar meigo, a rusticidade é uma constante, assim como os enormes penedos que brotam da serra como cogumelos. Está equipada com espaços desportivos, culturais e a marca que mais distingue os habitantes do Seixo é o seu dinamismo.

quarta-feira, 13 janeiro 2010 17:08

Quintela

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Quintela

Freguesia de Quintela

A ação dos jesuítas foi determinante para a evolução de Quintela,  a que pertencem as localidades da Lapa, Quinta de Almarigo, Cando e Moinhos do Vouga. Localizada na encosta que desce da Lapa para a nascente do Rio Vouga, por entre pinheiros e pastos verdejantes, encontra-se o casario do povoado de Quintela. Muito exposta à erosão e às agruras dos temporais, a freguesia não tem solos ricos para a agricultura, mas, em compensação, detém pastos abundantes que ajudam no desenvolvimento da pecuária. O queijo é, de resto, uma importante fonte de receitas das famílias locais. Terra de gente trabalhadora e hospitaleira, Quintela é uma freguesia que não esconde a humildade das suas gentes. Habituada a tirar partido do que a terra dá, criou estilos de vida muito próprios que se refletem, por exemplo, nas casas tradicionais, construídas em blocos de granito. A ruralidade está ainda bem patente no facto de animais como o burro e a vaca serem fundamentais no amanho das terras de cultivo. A Igreja Matriz de S. João Baptista e a Capela da Irmandade das Almas são locais de visita obrigatória em Quintela, o povoado onde não se estranha a presença de rostos típicos da serra, envoltos em lenços negros, em sinal de luto permanente. São assim as “Terras do Demo”, onde os mais idosos vestem a mesma roupa no inverno e no verão e dizem, com sapiência, que “o que tapa o frio tapa o calor”.

Lapa

Lapa - Freguesia de Quintela

Localidade anexa da freguesia de Quintela, situa-se a cerca de mil metros de altitude e cresceu por entre serras enfraguadas e rigorosos nevões invernais. Terra pequena, de construções de granito enegrecido pelos ventos do Marão, é na Lapa que nasce o rio Vouga. A história desta localidade começa em 1493 com o aparecimento da imagem de Nossa Senhora debaixo de uma lapa. A lenda tomou proporções nacionais e, sem demoras, surgiram as primeiras construções naquele local. “Para abrigo da Imagem, e resguardo temporário de fiéis, principalmente no tempo de maior afluência deles, construiu-se um oratório e levantaram-se algumas barracas simples”, diz Abade Vasco Moreira, no livro “Sernancelhe e Seu Alfoz”. Alguns anos mais tarde, e já sob a orientação dos jesuítas, foi construída a atual Igreja, no exato local onde a Pastorinha Joana descobriu a imagem. O Colégio, onde gente ilustre como Aquilino Ribeiro estudou gramática, latim, lógica e moral começou a ser construído no fim do século XVI e é uma das obras maiores dos Jesuítas na Lapa, funcionando hoje como pousada do Santuário. Para delimitar os locais por onde chegavam os fiéis à povoação, foram erguidos quatro miradouros em lugares equidistantes da Igreja. Em 1740, e pouco antes de serem extintas as ordens religiosas e expulsos os jesuítas, a Lapa foi elevada à categoria de Vila. A Casa da Câmara e Cadeia e o Pelourinho simbolizam a importância administrativa da Lapa nesse período. Em 1885 perdeu o título, ingressando no concelho de Sernancelhe. A mítica “cidade” que os jesuítas criaram ainda perdura no tempo. Três grandes romarias ocorrem nesta localidade, sendo a maior a de 15 de agosto. Como herança, a Companhia de Jesus legou à povoação um extraordinário movimento de peregrinos, principalmente do Minho e das Beiras. E também a certeza que os devotos vêm à Lapa não apenas para pedirem a proteção de Nossa Senhora ou para pagarem tributo pelas graças concedidas, mas para apreciarem as iguarias locais, como são os casos do pão e do queijo de cabra.

quarta-feira, 13 janeiro 2010 17:06

Lamosa

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Lamosa

Freguesia de Lamosa

A meio caminho entre as serras da Lapa e Nave, Lamosa rasga horizontes por entre os planaltos e conduz o nosso olhar para o Marão e para a Estrela. O frio característico do inverno faz-se sentir aqui em jeito cortante e implacável. As chuvas fazem transbordar a Ribeira de Lamosa, alagando propriedades e gerando lameiros verdejantes. Aliás, o seu nome deriva da palavra “lamas”, abundantes em redor do pequeno regato que banha o seu termo e de onde saem as saborosas trutas para colocar em calda de escabeche. O curso de água, que vai ter ao rio Paiva, é determinante para puxar as mós da família dos Moleiros. Dos três moinhos que o clã detinha, está ativo apenas um. A família ainda tentou ampliar o negócio com a construção do moinho de vento, mas este nunca chegou a funcionar em pleno. É no ponto mais alto da freguesia que se situa este do moinho de vento, requalificado para Centro Interpretativo da Bio-diversidade da Rede Natura de Lamosa. Deste projeto faz parte também a antiga Escola Primária, agora Centro Pedagógico da Rede Natura, onde os mais novos podem conhecer a especificidade natural deste território protegido, bem como as espécies da fauna e flora únicas na Europa. Bem perto, e de construção recente, ergue-se a Igreja Matriz, que substituiu a antiga (por ser demasiado pequena). O calvário aí colocado assinala a presença do cemitério. Ao lado, a povoação aproveita um largo da estrada para secar cereais, como se de uma laja comunitária se tratasse. A Fonte de Mergulho, o casario típico e as sepulturas antropomórficas encontradas no Verdogal advertem para a antiguidade da aldeia, reconhecida pela união das suas gentes e pela tenacidade de quem daqui parte para outras paragens.

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