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quinta-feira, 16 outubro 2014 08:37

ARU Sernancelhe

Escrito por

Árede Reabilitação Urbana (ARU) de Sernancelhe

 

Parte 1. Âmbito e Enquadramento

Âmbito e Enquadramento Legal

O presente documento sustenta e fundamenta a oportunidade de delimitação da Área de Reabilitação Urbana (ARU), em Instrumento Próprio, do centro urbano da Vila de Sernancelhe.

A proposta de delimitação e constituição da ARU tem o seu enquadramento no Decreto-Lei 307/2009, de 23 de Outubro, na redação que lhe confere a Lei 32/2012 de 14 de Agosto.
Conforme o Decreto-Lei 306/2009 de 23 de outubro, "a reabilitação urbana assume-se hoje como uma componente indispensável da política das cidades e da política de habitação, na medida em que nela convergem os objetivos de requalificação e revitalização das cidades, em particular das suas áreas mais degradadas, e de qualificação do parque habitacional, procurando-se um funcionamento globalmente mais harmonioso e sustentável das cidades e a garantia, para todos, de uma habitação condigna".

Enquadramento
(território, centro)

ARU

Região (NUTS II)

Norte

Sub-região (NUTS III)

Douro

 Enquadramento Geográfico
ARU

O concelho de Sernancelhe, do distrito de Viseu, localiza-se em plena Beira Alta na Região Norte (NUT II), no Douro (NUT III). Município com uma área de 228,61 km2 que abrange
13 freguesias de acordo com a Lei n.º 11-A/2013 de 28 de Janeiro que define a Reorganização administrativa do território das freguesias:

O município encontra-se limitado a norte pelos municípios de Tabuaço e São João da Pesqueira, a leste por Penedono e Trancoso, a sul por Aguiar da Beira, a sudoeste por Sátão e a noroeste por Moimenta da Beira.

É no coração da Beira Alta que se situa o Concelho de Sernancelhe. Atravessado em quase toda a sua extensão pelo Rio Távora, aproveita as águas para irrigar os solos férteis das aldeias de Fonte Arcada, Freixinho, Faia, Penso e Vila da Ponte.

Enquadramento Histórico e Cultural

O Concelho de Sernancelhe tem um horizonte cronológico que pode abranger cerca de cinco mil anos. Habitado desde o neolítico, Sernancelhe é um concelho que enaltece o passado para percorrer os trilhos do futuro.

É notório o peso que a geografia da região teve e tem sobre as pessoas que aqui viveram e passam.

Sernancelhe foi território escolhido por várias civilizações, que deixaram marcas da sua presença e permanência. Os registos existentes permitem-nos saber que o Concelho foi habitado desde a pré-história. A romanização deixou diversos vestígios, assim como a época medieval e a idade moderna. Sernancelhe é um concelho que granjeou estatuto muito antes da fundação da nacionalidade portuguesa, já em 1124 tinha foral.

Usualmente conhecido como a "Terra dos Mosteiros" Sernancelhe possuiu um importante desenvolvimento ligado aos locais de culto, nomeadamente ao Santuário da Lapa (e Colégio dos Jesuítas), local de peregrinações a Capela de Nossa Senhora da Lapa, do século XVII, que corresponde a uma construção jesuíta inserida numa estrutura de santuário. A Senhora da Lapa, em Portugal e Santiago de Compostela, na Espanha, chegaram a ser, em tempos, os dois santuários mais importantes da Península Ibérica. A capela está classificada oficialmente como Imóvel de Interesse Público, com uma zona especial de proteção.

De destaque também o Convento de Nossa Senhora da Assunção, fundado em 1690, construído para abrigo das monjas descalças ou recoletas, que professaram com devoção e piedade as regras de S. Bernardo. Todo ele é fiel a tudo o que impede a correta vivência e prática do evangelho segundo a regra de S. Bernardo, quer na sua pureza, quer no facto de se restringir ao essencial.

Considerada de interesse público, a Igreja de Ferreirim é dedicada a St.º Estêvão. Foi construída no século XVII por iniciativa da Universidade de Coimbra.

Digna de admiração pela sua estrutura primitiva, a Igreja de Fonte Arcada, de estilo românico, sofreu alterações no século XVI. A Igreja Matriz é dedicada a Nossa Senhora da Assunção.

De referir também a Igreja de São João Batista, matriz de Sernancelhe, de estilo românico, com intervenções posteriores. O próprio interior da igreja é um espaço museológico privilegiado.

Devido ao facto de o Concelho ter conhecido, ao longo dos séculos, várias situações administrativas, surgiram casas da câmara, pelourinhos e outros marcos da preponderância de tempos antigos, em Vila da Ponte, Lapa, Fonte Arcada e Sernancelhe.

Enquadramento Económico e Social

No concelho predominam as atividades ligadas ao setor primário, seguidas das do secundário e depois das do terciário. No que se refere à atividade agrícola, predominam os cultivos de cereais para grão, frutos secos, prados temporários e culturas forrageiras, batata, prados, pastagens permanentes e vinha. A pecuária mantém ainda importância, nomeadamente na criação de ovinos, coelhos e aves estando cerca de 20% do seu território coberto por floresta.
Sernancelhe é também Terra da Castanha. O epíteto ganhou-o pela qualidade e sabor do fruto que enche as casas dos lavradores e que faz parte da gastronomia regional.

Centralidade

A vila de Sernancelhe sede do Concelho marcada por todo o carater histórico indissipável assinala a centralidade Cultural e Administrativa onde os serviços de apoio á população assumem uma maior importância comparativamente ao resto do concelho. A vila de Sernancelhe assume a centralidade associada ao aglomerado de características históricas É evidente que toda esta herança cultural de história e tradições fortemente enraizadas marcam o território, as formas e as tipologias do tecido urbano.

A centralidade da Vila de Sernancelhe alcança várias vertentes. Corresponde a uma centralidade Administrativa, principal centro administrativo do município, localização dos principais equipamentos e serviços nomeadamente: Câmara Municipal, Finanças Segurança Social, CTT, Bombeiros, GNR, Academia de Musica de Sernancelhe, Casa da Criança, Escola Profissional de Sernancelhe, Centro de Saúde, Centro de Camionagem, Complexo desportivo entre outros.
Destaca-se a Biblioteca Municipal Abade Vasco Moreira, em pleno Centro Histórico, o Auditório Municipal e o Centro de Artes, conotado como o espaço dos artistas, onde já decorreram mais de cem exposições. Pioneiro no campo da Prevenção Rodoviária, Sernancelhe inaugurou em 2005 a Escola de Trânsito, constando hoje das Atividades de Enriquecimento Curricular de centenas de crianças do Concelho.

A centralidade da Vila de Sernancelhe representa também uma centralidade turística e cultural. É o centro urbano que apoia e suporta o desenvolvimento de eventos relevantes de carater lúdicos, sociais e culturais de ligação a todo á riqueza patrimonial conquistada no passado e que perdura no presente.

Objetivos Gerais
(Requalificação urbana da centralidade urbana)

Nos últimos anos o Município de Sernancelhe tem vindo constantemente a desenvolver várias intervenções, no sentido da qualificação e revitalização urbana. Apesar dos investimentos realizados nos últimos anos no centro histórico e centro urbano da vila de Sernancelhe, numa perspetiva de reabilitação urbanística, ambiental, do edificado e das infraestruturas e equipamentos, a vila debate-se com necessidade contínua de dinamizar o espaço urbano e de lazer que acompanhado, do abandono e progressivo envelhecimento populacional tem traduzido numa perda da dinâmica populacional, económica e social.
O Decreto-Lei nº 307/2009, de 23 de outubro, alterado pela Lei nº 32/2012, de 14 de agosto criou novas perspetivas de reabilitação urbana e colocando assim aos municípios a "responsabilidade" pela delimitação de áreas de reabilitação urbana em instrumento próprio ou através da aprovação de um plano de reabilitação urbana.

Por outro lado, num período como o que se vive atualmente, em que os recursos financeiros são escassos e se sente um abrandamento significativo em muitas áreas da economia, a necessidade de recorrer aos apoios financeiros do QREN e futuro QEC exigem a elaboração de ARU pelo que o Município de Sernancelhe considera que é fundamental a elaboração de uma estratégia de reabilitação urbana da Vila de Sernancelhe.
Desta forma, este documento fundamenta as intervenções de reabilitação urbana e permite operacionalizar um conjunto de operações a candidatar ao QREN 2007-2013, ao QEC 2014-2020, a Programas de Apoio Financeiro à Reabilitação Urbana ou outros programas definidos pelo Governo Português, por parte de diferentes índoles (públicas e privadas) e pessoas singulares.

A Requalificação Urbana do centro urbano da Vila de Sernancelhe é um objetivo assumido da política e estratégias municipais. O exemplo das intervenções previstas e referenciadas ilustra a passagem de domínio da definição da estratégia para a ação de execução e realização de projeto no domínio da requalificação urbana.

Tendo em conta este cenário, a autarquia de Sernancelhe pretende aprofundar o processo de reabilitação urbana já iniciado, através da definição de uma área de reabilitação urbana (ARU) que não só abranja o Centro Histórico de Sernancelhe, mas igualmente uma área consolidada adjacente ao Centro Histórico, que integra vários serviços públicos, espaços verdes e eixos principais de acesso ao centro da vila.

Pretende-se uma intervenção a vários níveis, no espaço público, nas infraestruturas, nos equipamentos e no edificado, criando condições que motivem a sua recuperação e reabilitação de edifícios singulares e daqueles que representam e continuam a ser os símbolos identitários desta região.

O objetivo para as intervenções de requalificação urbana prende-se com a necessidade de criar espaços agradáveis e atrativos, de forma dotar de um espaço público qualificado que permite este centro urbano ter um papel fomentador e integrador com vista á socialização.
De referir que as ações previstas pretendem ser integrantes e complementares a toda uma estratégia municipal que pretende afetar não só a nível urbanístico mas também ambiental e paisagístico.

São estes fundamentos que num todo permite criar a relação e o equilíbrio perfeito e garantem a aliança entre a funcionalidade dos espaços urbanos e as condições de vida das populações.

Ciente do todo o seu percurso histórico, Sernancelhe abraça o desenvolvimento de forma planeada e sustentada, de modo a enaltecer as caraterísticas privilegiadas e únicas e seus tão particulares recursos endógenos.

Metodologia

A proposta de delimitação se apresenta, deverá ter o seu desenvolvimento com a aprovação das operações de reabilitação urbana a desenvolver para essas áreas, no prazo mínimo de 3 anos, sem o que caducará a delimitação aprovada.

O projeto de delimitação da Aru inclui, para além da cartografia referente á extensão territorial abrangida, a sua fundamentação técnica, e o quadro dos benefícios fiscais, nos termos do nº 2 do art.º 13º do RJRU.

Pretende-se assim afirmar a política e a opção estratégica de assumir a Reabilitação Urbana como um dos instrumentos de desenvolvimento e da melhoria das condições de vida mas, também da capacidade de atração do município.
A proposta de delimitação de ARU para o concelho de Sernancelhe inclui os seguintes elementos:

  • A memória descritiva e justificativa que inclui os critérios subjacentes á delimitação da Área abrangida e os objetivos estratégicos a prosseguir;
  • A Planta de delimitação da área abrangida;
  • Definição dos benefícios fiscais e/ou outros associados aos impostos municipais;
  • A indicação e calendarização indicativa dos investimentos públicos a realizar;

 Parte 2. Consequências da Delimitação da ARU

Enquadramento jurídico e consequência da delimitação

 

A Delimitação da Área de Reabilitação Urbana, em instrumento próprio, de Sernancelhe enquadra-se no Decreto-Lei 307/2009, de 23 de Outubro, na redação que lhe confere a Lei 32/2012 de 14 de Agosto.

A proposta de delimitação de ARU apresentada terá o seu desenvolvimento com a aprovação das Operações de Reabilitação Urbana a desenvolver no prazo máximo de 3 anos, sem a qual caducará.

O Projeto de delimitação da ARU, para a Vila de Sernancelhe decorre da necessidade de intervir de forma integrada e sustentada nos domínios económico, social, cultural e no plano da mobilidade e acessibilidade universal.

 

Âmbito Territorial e tipo de Operações de Reabilitação Urbana

De acordo com o enquadramento jurídico referido anteriormente as "... áreas de reabilitação urbana podem abranger, designadamente, áreas e centros históricos, património cultural imóvel classificado ou em vias de classificação e respetivas zonas de proteção, áreas urbanas degradadas ou zonas urbanas consolidadas."

A área proposta área abrange a área histórica de Sernancelhe com grande foco num vasto Património Imóvel Cultural classificado e uma zona urbana consolidada a Sul do Núcleo Antigo, na qual se centram grande parte dos serviços e equipamentos da Vila.

As ações provisionais de Reabilitação Urbana da ARU:

  • Assumem um carater sistemático já que "... consiste numa intervenção integrada de reabilitação urbana de uma área, dirigida á reabilitação do edificado e á qualificação das infraestruturas, dos equipamentos e dos espaços verdes e urbanos de utilização coletiva visando a requalificação do tecido urbano associada a um programa de investimento público" (de acordo com o disposto no nº 1, artigo 8º da Lei 32/2012 de 14 de Agosto que procede á primeira alteração ao DL 307/2009 de 23 de Outubro);
  • As operações de Reabilitação Urbana a desencadear através de instrumento próprio, vigorarão por um prazo a definir nos instrumentos de programação, que nunca deverá exceder os 10 anos.

 

Entidade Gestora

A gestão das Operações de Reabilitação Urbana da Área de Reabilitação Urbana é assumida pelo município de Sernancelhe no exercício das suas competência e enquadrado no regime jurídico da reabilitação urbana em vigor.

 

Apoios e Incentivos às Operações de Reabilitação

Os incentivos previstos para apoiar e promover as Operações de Reabilitação Urbana assumem as seguintes vertentes: financeira, fiscal e administrativa, financeira.

Os incentivos de natureza financeira correspondem à atribuição de eventuais comparticipações pecuniárias, com montantes variáveis, em função da tipologia de reabilitação, recorrendo aos programas disponíveis de apoio à recuperação imóveis, da responsabilidade da administração central ou local, ou ainda à aplicação de regimes especiais, no âmbito das taxas e licenças municipais.

Os incentivos de natureza fiscal são os definidos no Estatuto dos Benefícios Fiscais e dependem de deliberação da Câmara Municipal e aprovação da Assembleia Municipal, para as ações enquadráveis na Reabilitação Urbana. Os incentivos de natureza administrativa podem comportar medidas de apoio aos proprietários, no sentido de promover a celeridade processual, atos de inspeção e de verificação de boa execução.

A delimitação de uma ARU obriga à definição, pelo município, de um quadro de benefícios fiscais associados aos impostos municipais sobre património, conferindo aos proprietários e titulares de outros direitos, ónus e encargos sobre os edifícios ou frações, o direito de acesso aos mesmos.

O quadro de apoios e incentivos visa facilitar o dever, e assegurar obrigatoriedade, de reabilitação inerente à detenção, ou uso dos edifícios, nomeadamente pela realização de todas as obras necessárias à manutenção, ou reposição da sua segurança e arranjo estético.
Esta obrigação, quando respeitante a edifícios integrados numa Operação de Reabilitação Urbana implica uma disponibilidade e esforço financeiro acrescido, por parte dos privados, o que justifica a criação de um quadro de apoios e incentivos compatíveis com o esforço exigível. As operações de reabilitação urbana beneficiarão, entre outros, dos seguintes apoios e incentivos a conceder aos privados que sejam titulares de direito e obrigações:

a) De Natureza Financeira

  • Isenção da taxa de licença de ocupação do espaço público para a execução de obras nos prédios e frações envolvidas;
  • Isenção de TMU -taxa pela realização, manutenção e reforço das infraestruturas urbanísticas;

b) De Natureza Fiscal

  • IMT: isenção na aquisição de terrenos para construção de Habitação de Custos Controlados;
  • IMT: isenção na 1ª transmissão de imóvel reabilitado em ARU, destinado exclusivamente a habitação própria e permanente;
  • IVA: taxa reduzida nas empreitadas de construção de Habitação de Custos Controlados e na realização de obras de reabilitação com apoio do Estado;
  • IRS: dedução à coleta de 30% dos encargos suportados pelo proprietário relacionados com a reabilitação, até ao limite 500,00€;
  • MAIS VALIAS: tributação à taxa reduzida de 5%, quando estas sejam inteiramente decorrentes da alienação de imóveis reabilitados em ARU;
  • RENDIMENTOS PREDIAIS: tributação à taxa reduzida 5% após a realização das obras de recuperação;
  • IMI: isenção por um período de 5 anos, o qual pode ser prorrogado por mais 5 anos;

Parte 3. Delimitação das Áreas de Reabilitação Urbana

LIMITE PROPOSTO PARA ÁREA DE REABILITAÇÃO URBANA

ARU Centro Urbano de Sernancelhe

 Área de delimitação proposta =0.556 km2

 

ARU Sernancelhe

Caraterização

A proposta de delimitação que se apresenta integra um conjunto urbano que necessita de ser intervencionado para que a identidade da Vila não se perca ou sofra descaracterizações, e para que a qualidade de vida da população atinja melhorias significativas, através de uma intervenção integrada no edificado e nos espaços públicos, potenciando assim a sua atratividade.

Com a delimitação desta ARU, pretende-se o seu estudo aprofundado e a definição de procedimentos estratégicos param a sua revitalização e requalificação. Existe necessidade de intervir, de dar uma nova vida a esta área e potencializar a intervenção dos privados.

A Área proposta engloba quase na totalidade a área total do Lugar (0.56 km2), englobando não só núcleo antigo da Vila de Sernancelhe como também a zona consolidada de aglomerado urbanístico.

As ações previstas de intervenção urbana são maioritariamente dirigidas às infraestruturas e reabilitação de espaços urbanos.

A reorganização dos espaços visa facultar aos arruamentos de acesso infraestruturas adequadas que permitam contribuir para reduzir a sinistralidade rodoviária e proporcionar melhorias significativas na segurança rodoviária.

As restantes ações da ARU, incidem sobre espaços e edifícios cujo programa e requalificação são suscetíveis de influenciar positivamente a iniciativa lúdica e o bem-estar dos moradores e proprietários.

Objetivos

Pretende-se com a intervenção, no âmbito da Área de Reabilitação Urbana de Sernancelhe, alcançar e concretizar o seguinte conjunto de objetivos:

Obj1: Reabilitar tecidos urbanos degradados ou em degradação, garantindo a proteção e promoção da valorização do património cultural;

Obj2: Modernizar as infraestruturas urbanas;

Obj3: Qualificar e integrar as áreas urbanas especialmente vulneráveis, promovendo a inclusão social e a coesão social;

Obj4: Promover a melhoria geral da mobilidade, nomeadamente através de uma melhor gestão da via pública e dos demais espaços de circulação com a melhoria das acessibilidades para cidadãos com mobilidade condicionada;

Obj5: Adotar padrões de mobilidade urbana mais seguros e sustentáveis;

Obj6: Criar e fomentar espaços de encontro e de sociabilidade;

Obj7: Preservar e reabilitar os edifícios que traduzem memórias da história do município;

Obj8: Reforço da inserção da Vila na estrutura e dinâmicas sociais e económicas do território envolvente;

Obj9: Promoção de uma cidadania ativa e participante;

Obj10: Impulsionar uma oferta cultural contínua, diversificada e multifacetada.

Estratégia

A estratégia de intervenção para promover a reabilitação urbana da centralidade turística da Vila de Sernancelhe passa pela valorização e qualificação do espaço público e do ambiente urbano.

Prevê-se que a qualificação e a reabilitação desta zona originará efeitos sobre a qualificação do edificado, seja nas instalações de uso comercial e de serviços seja numa outra fase das edificações afetas ao uso residencial. Esta forma de intervenção sobre o espaço público associada á oportunidade de discussão e de envolvimento de agentes na promoção da valorização e da reabilitação do edificado e associado, ainda aos incentivos para a reabilitação do edificado, pode contribuir para a valorização e reabilitação de todo o tecido edificado ou não.

 


  pdf  Proposta de aprovação da Delimitação da Área de Reabilitação Urbana do centro urbano da Vila de Sern (186.07 kB)

  pdf  Aviso - Delimitação da Área de Reabilitação Urbana do «Centro Urbano da Vila de Sernancelhe» (42.63 kB)

 

terça-feira, 17 novembro 2009 15:12

Assembleia Municipal 2013

Escrito por

Assembleia Municipal

Constituição da Assembleia Municipal

Mesa da Assembleia Municipal de Sernancelhe

Presidente: José Agostinho do Nascimento Aguiar (PSD)
1º Secretário: Carlos Tiago Leitão (PSD)
2º Secretário: Paulo Jorge Pereira Pinto (PSD)

Deputados diretamente eleitos:

Cláudio Batista Vitorino (PSD)
Maria Fernanda Pais Correia Sampaio Sobral Amaral (PS)
Antónia Damásio Lopes Varela (PSD)
Regina Maria Pereira Soeiro Coelho (PS)
Marco Isidro Hipólito Proença (PSD)
Rogério Ribeiro Soeiro (PS)
António Manuel dos Santos Inácio (PS)
Leonor do Céu Rodrigues Nascimento Teixeira (PS)
Maria do Céu Barreiros Lapa Sobral (PSD)
Sérgio Miguel Azevedo Justino (PS)
António Caiado (PSD)
António Fernando Pereira Rodrigues Amaro (PSD) 

Presidentes de Junta de Freguesia

Vitor da Silva Rebelo
Presidente da Junta de Freguesia de Carregal (PSD)

Luís Manuel Faustino Nobre dos Santos
Presidente da Junta de Freguesia de Arnas (PS)

Irene da Conceição Proença
Presidente da Junta de Freguesia de Chosendo (PSD)

Manuel Joaquim Santos Frias
Presidente da Junta de Freguesia de Cunha (PSD)

Ladislau Figueiredo Amaral
Presidente da União de Freguesias de Fonte Arcada/Escurquela (PSD)

Joaquim dos Santos Matias Pinto
Presidente da Junta de Freguesia de Granjal (PSD)

Carlos Guilherme Gomes Teles
Presidente da Junta de Freguesia de Faia (PSD)

Luís Fernando Gouveia
Presidente da União de Freguesias de Penso/Freixinho (PSD)

Francisco José Gomes dos Santos
Presidente da Junta de Freguesia de Lamosa (PS)

Jaime Manuel Oliveira Ferreira
Presidente da União de Freguesias de Ferreirim/Macieira (PSD)

António Sá Oliveira
Presidente da Junta de Freguesia de Quintela (PSD)

Rafael Francisco Fonseca Lopes
Presidente da União de Freguesias de Sernancelhe/Sarzeda (PSD)

Filipe José Cruz Pinheiro
Presidente da Junta de Freguesia de Vila da Ponte (PSD) 


Contactos:

Assembleia Municipal
Edifício dos Paços do Concelho
Rua Dr. Oliveira Serrão
3640-240 Sernancelhe

Telefone:  254 598 300
Fax:  254 598 318
Telemóvel:  967 250 208 / 967 252 243

email: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.

Rogério Soeiro Ribeiro
segunda-feira, 08 novembro 2010 16:22

Publicações

Escrito por

BIBLIOGRAFIA DISPONÍVEL NA CÂMARA MUNICIPAL DE SERNANCELHE

 

 

Igreja Românica de Sernancelhe de Monsenhor Cândido de Azevedo

Título: Igreja Românica de Sernancelhe
Autor: Monsenhor Cândido de Azevedo
Edição: Câmara Municipal de Sernancelhe
Ano: 2012

Meses de Maio e Junho 2012 - 10,00 €

A partir de 1 de Julho 2012 - 18,00 € *
disponivel
 
 
   
No Esplendor da Sombra de Mestre Aquilino
Título: “No Esplendor da sombra de Mestre Aquilino”
Autor: Manuel de Lima Bastos
Edição: Sopa de Letras
Ano: 2011
10,00 € * disponivel

aquilino2
Título: Aquilino n.º 2 – Revista Literária da Câmara
Municipal de Sernancelhe
Autor: Vários
Edição: Câmara Municipal de Sernancelhe
Ano: 2010
8,00 € * disponivel

roteiro
Título: Roteiro Turístico - Sernancelhe
Autor: Câmara Municipal de Sernancelhe
Edição: Câmara Municipal de Sernancelhe
Ano: 2010
5,00 € * disponivel

fpaulo
Título: Nesta Nossa Doce Língua de Camões e de Aquilino
Autor: Fernando Paulo do Carmo Baptista
Edição: Câmara Municipal de Sernancelhe
Ano: 2010
15,00 € * disponivel

* Estes valores não incluem portes de envio.


Aqui poderá fazer o download do documento na sua totalidade.

pdf  Bibliografia disponível na Câmara Municipal de Sernancelhe (1.13 MB)

 

terça-feira, 22 junho 2010 10:23

Património

Escrito por

Sernancelhe, a Vila cujas “raízes mergulham na seiva lusitana”

Património Sernancelhe“Cernancelhe foi, em tempos que lá vão, uma vila das mais antigas não só da Beira, mas de Portugal, e exerceu no passado alguma influência social e política na Região”. Poucas descrições teriam o condão de resumir, de forma tão definitiva, o patamar histórico a que chegou a Vila de Sernancelhe. Abade Vasco Moreira, o sernancelhense que assinou a primeira monografia do Concelho, em 1929, descreve Sernancelhe de forma apaixonada, revelando que, para além do primeiro foral obtido em 1124 (18 anos antes da Fundação da Nacionalidade Portuguesa), esta terra “vem de épocas mais remotas (…) julgo não me afastar da verdade, afirmando que as suas raízes mergulham na seiva lusitana”.

Dos tempos de Viriato não restam vestígios materiais e, quanto à certeza absoluta das origens do concelho que permitam estabelecer uma cronologia, é uma tarefa que nenhum historiógrafo arrisca. Nem quanto à origem do nome Sernancelhe. Uma hipótese é que durante uma investida árabe, o povo terá gritado ao valente cavaleiro cristão, de nome Celha, guardião do castelo, que fechasse a porta do castelo: “Cerra, Celha!” . Já o Foral de Egas Gozende fala em “Cernonceli”, enquanto no século X o termo parece apontar para “Seniorzelli”.

Os Romanos, que durante tanto tempo viram a sua invasão travada por ação dos bravos lusitanos, acabariam por assentar arraiais em Sernancelhe, no Monte Castelo (antigo castro, citânia dos lusitanos), ponto a partir de onde “estabeleceram uma cividade à qual aplicaram o regime agrário da vila”, refere o autor de “Terras da Beira – Cernancelhe e Seu alfoz”.

Terá sido aliás esse um momento marcante também na cultura e na formação da identidade do povo sernancelhense. Abade Vasco Moreira acredita que, com os romanos, Sernancelhe “assimilou a cultura latina que hoje possui” e, devido ao acentuado progresso agrícola que conheceu, foi nesta altura que apareceu o Concelho de Sernancelhe.

Com efeito, três momentos marcariam o Concelho. O primeiro, em 1124, quando o Conde D. Henrique deu o Concelho a Egas Gozende, “rico homem da sua corte, que lhe outorgou Carta de Foral” nesse mesmo ano. Depois, em 1400, D. João I fez senhor do Concelho de Sernancelhe Gonçalo Vaz Coutinho, como recompensa por ter derrotado os castelhanos. D. Afonso V, por carta de 20 de maio de 1470, assinada em Santarém, deu-o a D. Francisco Coutinho, Meirinho-mor do Reino. D. Miguel elevá-lo-ia a cabeça de condado e fez dele seu titular o médico Dr. Gama e Castro, ficando conhecido como o primeiro Visconde de Sernancelhe. A descrição feita a este período resume-se, no entender de Abade vasco Moreira, a uma certeza: “Cernancelhe chegou a ser uma das vilas mais ricas e notáveis da Beira. São prova disso a tradição, os seus monumentos e instituições, os seus ricos solares e casas brasonadas a até a sua influência política que irradiou por muito longe”.

Do passado de glória, Sernancelhe guarda um manancial de exemplares patrimoniais que ainda hoje são referência. Monsenhor Cândido Azevedo, no livro “Sernancelhe, Casa da Comenda”, editado pelo Município de Sernancelhe em 1999, descreve-os da seguinte forma: “(A Casa da Comanda) situada no Centro Histórico de Sernancelhe, e com a futura Biblioteca e o artístico e altaneiro pelourinho em frente; a admirada e invejada Igreja Medieval ao lado; o Palácio dos Carvalhos (Marquês de Pombal) a nascente; o Auditório Municipal – antigo Palácio dos Corteses e Câmara Municipal – a deslado; e as ruinas veneradas do Palácio dos Soverais ao norte: enquadra-se num raro conjunto de Monumentos cheios de grandeza e carregados de história e arte, que lhe dão um ambiente de superior encanto e um halo de carinho e pulcritude que transportam às regiões do sonho e aos páramos de felicidade”.

Do monte onde existiu o castro, depois o castelo, observa-se, ainda hoje, todo o quadro patrimonial que emoldura a Vila de Sernancelhe. O Adro, aglutinador de civilidade, foi a praça da vila até ao século XIX. Ao lado da Igreja, construída em finais do século XII, ergue-se na antiga Escola Primária o edifício da Biblioteca Municipal. Mais adiante, o Pelourinho, de alto fuste granítico, data de 1554 e é fronteiro à Casa da Câmara, da qual parece companheiro inseparável.

A Ordem de Malta, à qual se deve o período próspero do Concelho de Sernancelhe, exibe ainda a Casa onde durante anos notáveis freires e comendadores desenvolveram valorosas iniciativas em prol da comunidade. O trabalho da Ordem deixou marcas indeléveis em todo o Concelho.

TERRA DE MOSTEIROS

Sernancelhe é conhecido ainda como Terra de Mosteiros, por ter no seu território exemplares valiosos como os conventos de Mosteiro da Ribeira, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora da Assunção.

Percorrendo os respeitáveis 220 quilómetros quadrados de área e as suas 17 freguesias, ficamos com real noção da evolução fantástica da história deste Concelho. Mais: só nesse momento perceberemos como foi a adaptação das gentes ao meio, a vontade em deixarem marcas, e em tornarem distintos lugares que nasceram do nada.

Tendo sempre como ponto de partida a paisagem, que harmoniosamente combina serras imponentes e baixios férteis e plenos de água, saltam à vista os sóbrios aglomerados de casinhas de traça rural, onde a par da casa de granito no primeiro piso, o rés-do-chão servia de albergue de animais. O cortelho tinha a função de cevar os porcos… o palhal armazenava o alimento dos animais… e cá fora, na quintã, pousavam as rudimentares “alfaias” para amanho da terra.

A forte ligação do concelho à agricultura, durante séculos, deixou muitas e profundas marcas. O povo dedicava-se a esta actividade como forma de sobreviver. Muitos trabalhavam para os senhorios, donos de muitas das casas que hoje sobressaem justamente por entre o casario rural. Por vezes com brasão, muitas vezes com uma dimensão muito superior àquilo que era o padrão, legaram-nos bonitos exemplares de uma arquitectura requintada e muito digna.

O mesmo se passou com o clero, que, ao longo de séculos, dotou as aldeias do nosso concelho de bonitos templos de oração e fé. Mais do que locais de culto, as igrejas são espelhos do tempo. Por isso umas são mais simples, outras mais vistosas. Por norma, quanto maior e mais distinta fosse a comunidade, mais imponente seria a igreja. Com efeito, há lindos templos em praticamente todas as aldeias, alguns servindo de cartão de visita a quem chega.

Nos montes sobranceiros às aldeias, o povo ergueu capelas singelas, rodeadas de árvores e água fresca, e que se tornaram motivo de romagem e procissão forte pelo menos uma vez ao ano. Não faltam alminhas, capelinhas, capelas particulares, vias-sacras, nichos e muitos motivos religiosos espalhados pelas nossas aldeias. Com mais de cinco séculos, o Santuário da Lapa é porta-estandarte do Concelho e um dos exemplos maiores da riqueza e imponência do nosso património religioso.

Devido ao facto de o Concelho ter conhecido, ao longo dos séculos, várias situações administrativas, surgiram casas da câmara, pelourinhos e outros marcos da preponderância de tempos antigos, em Vila da Ponte, Lapa, Fonte Arcada e Sernancelhe.
Tempos idos que se foram apagando com as gerações que foram desaparecendo. Para trás, e para nossa admiração, ficaram marcas indeléveis da capacidade dos nossos antepassados, que temos a obrigação de respeitar e preservar.

 

Sernancelhe, a Vila cujas “raízes mergulham na seiva lusitana”

“Cernancelhe foi, em tempos que lá vão, uma vila das mais antigas não só da Beira, mas de Portugal, e exerceu no passado alguma influência social e política na Região”. Poucas descrições teriam o condão de resumir, de forma tão definitiva, o patamar histórico a que chegou a Vila de Sernancelhe. Abade Vasco Moreira, o sernancelhense que assinou a primeira monografia do Concelho, em 1929, descreve Sernancelhe de forma apaixonada, revelando que, para além do primeiro foral obtido em 1124 (18 anos antes da Fundação da Nacionalidade Portuguesa), esta terra “vem de épocas mais remotas (…) julgo não me afastar da verdade, afirmando que as suas raízes mergulham na seiva lusitana”.

Dos tempos de Viriato não restam vestígios materiais e, quanto à certeza absoluta das origens do concelho que permitam estabelecer uma cronologia, é uma tarefa que nenhum historiógrafo arrisca. Nem quanto à origem do nome Sernancelhe. Uma hipótese é que durante uma investida árabe, o povo terá gritado ao valente cavaleiro cristão, de nome Celha, guardião do castelo, que fechasse a porta do castelo: “Cerra, Celha!” . Já o Foral de Egas Gozende fala em “Cernonceli”, enquanto no século X o termo parece apontar para “Seniorzelli”.

Os Romanos, que durante tanto tempo viram a sua invasão travada por ação dos bravos lusitanos, acabariam por assentar arraiais em Sernancelhe, no Monte Castelo (antigo castro, citânia dos lusitanos), ponto a partir de onde “estabeleceram uma cividade à qual aplicaram o regime agrário da vila”, refere o autor de “Terras da Beira – Cernancelhe e Seu alfoz”.

Terá sido aliás esse um momento marcante também na cultura e na formação da identidade do povo sernancelhense. Abade Vasco Moreira acredita que, com os romanos, Sernancelhe “assimilou a cultura latina que hoje possui” e, devido ao acentuado progresso agrícola que conheceu, foi nesta altura que apareceu o Concelho de Sernancelhe.

Com efeito, três momentos marcariam o Concelho. O primeiro, em 1124, quando o Conde D. Henrique deu o Concelho a Egas Gozende, “rico homem da sua corte, que lhe outorgou Carta de Foral” nesse mesmo ano. Depois, em 1400, D. João I fez senhor do Concelho de Sernancelhe Gonçalo Vaz Coutinho, como recompensa por ter derrotado os castelhanos. D. Afonso V, por carta de 20 de maio de 1470, assinada em Santarém, deu-o a D. Francisco Coutinho, Meirinho-mor do Reino. D. Miguel elevá-lo-ia a cabeça de condado e fez dele seu titular o médico Dr. Gama e Castro, ficando conhecido como o primeiro Visconde de Sernancelhe. A descrição feita a este período resume-se, no entender de Abade vasco Moreira, a uma certeza: “Cernancelhe chegou a ser uma das vilas mais ricas e notáveis da Beira. São prova disso a tradição, os seus monumentos e instituições, os seus ricos solares e casas brasonadas a até a sua influência política que irradiou por muito longe”.

Do passado de glória, Sernancelhe guarda um manancial de exemplares patrimoniais que ainda hoje são referência. Monsenhor Cândido Azevedo, no livro “Sernancelhe, Casa da Comenda”, editado pelo Município de Sernancelhe em 1999, descreve-os da seguinte forma: “(A Casa da Comanda) situada no Centro Histórico de Sernancelhe, e com a futura Biblioteca e o artístico e altaneiro pelourinho em frente; a admirada e invejada Igreja Medieval ao lado; o Palácio dos Carvalhos (Marquês de Pombal) a nascente; o Auditório Municipal – antigo Palácio dos Corteses e Câmara Municipal – a deslado; e as ruinas veneradas do Palácio dos Soverais ao norte: enquadra-se num raro conjunto de Monumentos cheios de grandeza e carregados de história e arte, que lhe dão um ambiente de superior encanto e um halo de carinho e pulcritude que transportam às regiões do sonho e aos páramos de felicidade”.

Do monte onde existiu o castro, depois o castelo, observa-se, ainda hoje, todo o quadro patrimonial que emoldura a Vila de Sernancelhe. O Adro, aglutinador de civilidade, foi a praça da vila até ao século XIX. Ao lado da Igreja, construída em finais do século XII, ergue-se na antiga Escola Primária o edifício da Biblioteca Municipal. Mais adiante, o Pelourinho, de alto fuste granítico, data de 1554 e é fronteiro à Casa da Câmara, da qual parece companheiro inseparável.

A Ordem de Malta, à qual se deve o período próspero do Concelho de Sernancelhe, exibe ainda a Casa onde durante anos notáveis freires e comendadores desenvolveram valorosas iniciativas em prol da comunidade. Recuperada para unidade hoteleira, a imponente habitação ostenta ainda o brasão onde se inscreve a data de 1611. Mais recente é o Auditório Municipal, o espaço onde têm lugar os acontecimentos culturais mais relevantes do concelho. O edifício desempenhou ao longo dos anos muitas funções cívicas, sendo as mais relevantes as de Câmara Municipal e Registo Civil.

A fidalguia deixou-nos exemplares como a Casa dos Condes da Lapa e Barões de Moçâmedes. O Solar dos Carvalhos, que desponta por detrás da Igreja, foi construído no século XVIII a partir dos materiais dominantes no concelho, como o granito, e encontra-se em admirável estado de conservação. Vasco Moreira descreve-o com justeza: “Ao norte, por detrás da Igreja, enfrentando espaço terreiro, destaca-se o Solar dos Carvalhos com sua capelinha que foi vinculada, hoje da ilustre família Lapa; e, ligadas a este, vemos as ruínas duma casa que foi do Marquês de Pombal, cobertas por gigantesco cipreste”.

Descendo a rua Dr. Oliveira Serrão, que conduz ao atual edifício dos Paços do Concelho, pode apreciar-se um conjunto de habitações com uma traça bem peculiar, hoje dedicadas essencialmente ao comércio tradicional. A rua é larga, ligeiramente inclinada, e leva-nos até à Escola de Trânsito, onde as crianças das instituições de ensino recebem os primeiros ensinamentos teóricos e práticos sobre prevenção rodoviária. Em frente, um portão de grandes proporções indicia que estamos a entrar no Centro de Artes, a casa dos artistas de Sernancelhe. Neste edifício funciona hoje a Loja Interativa do Turismo do Porto e Norte de Portugal. Mesmo ao lado, surge o Centro Infantil Casa da Criança, edifício moderno onde funciona uma creche e um jardim infantil, frontal ao Posto dos Correios, um exemplo da arquitetura do século XX português.

Em plena Avenida das Tílias decorre grande parte da atividade comercial da Vila. Resguardados pela frescura das copas de dezenas de árvores perfeitamente alinhadas, podemos aceder a instituições como a Unidade de Cuidados Continuados da Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe, a Escola Profissional de Sernancelhe, o Centro de Saúde, a Central de Camionagem ou o Parque da Feira. Mais ao lado fica a Piscina Municipal e o campo de ténis, na rua que termina com o Quartel dos Bombeiros e Centro de Saúde. Avista-se deste artéria, o Expo Salão, multiusos inaugurado em 2010 pelo Presidente da República Cavaco Silva.

Continuando pela avenida principal da Vila chegamos à Ponte do Rio. Recebe-nos a Capela de Nossa Senhora dos Prazeres, que sobressai no fabuloso enquadramento paisagístico. Descemos até à margem do rio e, percorrendo alguns metros, deparamo-nos com a Fonte de Mergulho de arcatura geminada, datada do século XVII. “O sítio da Ponte do Rio é um lugar poético, que um dia haverá de tornar-se talvez espaço de ecomuseu, com represa lembrando lavadeiras, a capela setecentista de elegante alpendre, a fonte de mergulho, o moinho de água e a ponte do Medreiro mais abaixo”, escreve Alberto Correia, em Sernancelhe – Roteiro Turístico, aludindo àquele local.

Continuando junto à margem do pequeno riacho chegamos à Praça Padre João Rodrigues. Construída na década de 90 pela autarquia, presta uma singela homenagem ao sernancelhense que escreveu a primeira gramática de japonês. Ao lado surge o Pavilhão Municipal e a Escola E.B. 2,3. A Praça de Jacou, a vila francesa com a qual Sernancelhe se geminou há mais de uma década, simboliza a união entre dois povos diferentes na língua mas iguais no desejo de trocar experiências culturais.

Varrida pelo vento de todos os lados, a Vila de Sernancelhe não esconde que se situa a 650 metros de altitude. Provavelmente razão pela qual o castanheiro é a árvore dominante em todo o território, fazendo da Vila a maior produtora de castanha do Concelho.

A Vila é abraçada pelo ribeiro do Medreiro, que desagua no Rio Távora já na Vila da Ponte. Mosteiro e Ponte do Abade são duas comunidades pertencentes à Vila de Sernancelhe. Em comum têm o facto de o Rio Távora banhar as margens de ambas.    

Conhecer a Vila de Sernancelhe implica subir ao miradouro de Nossa Senhora de Ao Pé da Cruz, de onde se admira a sede do concelho e se contempla boa parte do território do Concelho, com a albufeira do Távora em pano de fundo. Velha de séculos, como se constata pelo património arqueológico e arquitetónico; rodeada de soutos que a transformam em Terra da Castanha, assim é a vila, que é também sede de um concelho com mais de 220 quilómetros quadrados de área e 17 aldeias.

            Conhecido como Terra de Mosteiros, por ter no seu território exemplares valiosos como os conventos de Mosteiro da Ribeira, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora da Assunção, Sernancelhe é um concelho que granjeou estatuto muito antes da fundação da nacionalidade portuguesa, pois já em 1124 tinha foral.

Percorrendo os respeitáveis 220 quilómetros quadrados de área e as suas 17 freguesias, ficamos com real noção da evolução fantástica da história deste Concelho. Mais: só nesse momento perceberemos como foi a adaptação das gentes ao meio, a vontade em deixarem marcas, e em tornarem distintos lugares que nasceram do nada.

Tendo sempre como ponto de partida a paisagem, que harmoniosamente combina serras imponentes e baixios férteis e plenos de água, saltam à vista os sóbrios aglomerados de casinhas de traça rural, onde a par da casa de granito no primeiro piso, o rés-do-chão servia de albergue de animais. O cortelho tinha a função de cevar os porcos… o palhal armazenava o alimento dos animais… e cá fora, na quintã, pousavam as rudimentares “alfaias” para amanho da terra.

A forte ligação do concelho à agricultura, durante séculos, deixou muitas e profundas marcas. O povo dedicava-se a esta actividade como forma de sobreviver. Muitos trabalhavam para os senhorios, donos de muitas das casas que hoje sobressaem justamente por entre o casario rural. Por vezes com brasão, muitas vezes com uma dimensão muito superior àquilo que era o padrão, legaram-nos bonitos exemplares de uma arquitectura requintada e muito digna.

O mesmo se passou com o clero, que, ao longo de séculos, dotou as aldeias do nosso concelho de bonitos templos de oração e fé. Mais do que locais de culto, as igrejas são espelhos do tempo. Por isso umas são mais simples, outras mais vistosas. Por norma, quanto maior e mais distinta fosse a comunidade, mais imponente seria a igreja. Com efeito, há lindos templos em praticamente todas as aldeias, alguns servindo de cartão de visita a quem chega.

Nos montes sobranceiros às aldeias, o povo ergueu capelas singelas, rodeadas de árvores e água fresca, e que se tornaram motivo de romagem e procissão forte pelo menos uma vez ao ano. Não faltam alminhas, capelinhas, capelas particulares, vias-sacras, nichos e muitos motivos religiosos espalhados pelas nossas aldeias. Com mais de cinco séculos, o Santuário da Lapa é porta-estandarte do Concelho e um dos exemplos maiores da riqueza e imponência do nosso património religioso.

Devido ao facto de o Concelho ter conhecido, ao longo dos séculos, várias situações administrativas, surgiram casas da câmara, pelourinhos e outros marcos da preponderância de tempos antigos, em Vila da Ponte, Lapa, Fonte Arcada e Sernancelhe.

Tempos idos que se foram apagando com as gerações que foram desaparecendo. Para trás, e para nossa admiração, ficaram marcas indeléveis da capacidade dos nossos antepassados, que temos a obrigação de respeitar e preservar.

hecido como Terra de Mosteiros, por ter no seu território exemplares valiosos como o Convento de Mosteiro da Ribeira, Nossa Senhora do Carmo e Nossa Senhora da Assunção, Sernancelhe é um concelho que granjeou estatuto muito antes da fundação da nacionalidade portuguesa, pois já em 1124 tinha foral.

Apenas percorrendo os respeitáveis 220 quilómetros quadrados de área e as suas 17 freguesias, ficamos com real noção da evolução fantástica da nossa história. Mais: só nesse momento perceberemos como foi a adaptação das gentes ao meio, a vontade em deixarem marcas e em tornarem distintos lugares que nasceram do nada.

Tendo sempre como ponto de partida a paisagem, que harmoniosamente combina serras imponentes e baixios férteis e plenos de água, saltam à vista os sóbrios aglomerados de casinhas de traça rural, onde a par da casa de granito no primeiro piso, o rés-do-chão foi albergue de animais. O cortelho servia para cevar os porcos… o palhal para armazenar o alimento dos animais… e cá fora, na quintã, ainda restam algumas “alfaias” para amanhar a terra.

A forte ligação do concelho à agricultura, durante séculos, deixou marcas. O povo dedicava-se a esta actividade como forma de sobreviver. Muitos trabalhavam para os senhorios, dons de muitas das casas que hoje sobressaem justamente por entre esse casario rural. Por vezes com brasão, muitas vezes com uma dimensão muito superior àquilo que era o padrão, legaram-nos bonitos exemplares de uma arquitectura valiosa.

O mesmo se passou com o clero, que, ao longo de séculos, dotou as aldeias do nosso concelho de bonitos templos de oração e fé. Mais do que locais de culto, as igrejas reflectem os tempos. Por isso umas são mais simples, outras mais pobres. Por norma, quanto maior e mais distinta fosse a comunidade, mais imponente seria a igreja.

Nos montes sobranceiros às aldeias, o povo ergueu capelas singelas, rodeadas de árvores e água fresca, e que se tornaram motivo de romagem e procissão forte pelo menos uma vez ao ano. Não faltam alminhas, capelinhas, capelas particulares, vias-sacras, nichos e muitos motivos religiosos espalhados pelas nossas aldeias. Com mais de cinco séculos, o Santuário da Lapa é porta-estandarte do Concelho e um dos exemplos maiores da riqueza e imponência do nosso património religioso.

Devido ao facto de o Concelho ter conhecido várias situações administrativas, surgiram casas da câmara, pelourinhos e outros marcos da preponderância de tempos antigos, em Vila da Ponte, Lapa, Fonte Arcada e Sernancelhe.

Tempos idos que se foram apagando com as gerações que foram desaparecendo. Para trás, e para nossa admiração, ficaram marcas indeléveis da capacidade dos nossos antepassados, que temos a obrigação de respeitar e preservar.
sexta-feira, 15 janeiro 2010 14:55

Concelho de Sernancelhe

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O Concelho de Sernancelhe

concelhoSernancelhe situa-se na Região Centro-Norte de Portugal, em plena Beira Alta, na parte nordeste do distrito de Viseu, ao qual pertence administrativamente.

Atravessado no sentido sul-norte pelo rio Távora, Sernancelhe estabelece fronteira com os concelhos de Trancoso, Penedono, Aguiar da Beira, Moimenta da Beira, Vila Nova de Paiva, Sátão, São João da Pesqueira e Tabuaço.

As paisagens, constituídas por autênticos monumentos graníticos, transformam-se em miradouros, como sucede no planalto da Lapa, pousado a mais de 900 metros de altitude.

Terra de pastores, Sernancelhe é também Terra da Castanha. O epíteto ganhou-o pela qualidade e sabor do fruto que enche as casas dos lavradores e que faz parte da gastronomia regional. Por entre os soutos, marcantes como a idade centenária que carregam, descortinam-se construções graníticas, de inquestionável utilidade para pastores e animais em dias de invernia.

A estreita ligação do Homem ao meio tem sido decisiva na evolução do Concelho. Evolução essa que também se verifica quando as gerações mais novas enveredam pelas artes e fazem do granito das serras autênticas obras de arte, que depois preenchem pontos estratégicos das freguesias, gerando novos patrimónios.

As 17 aldeias (Arnas, Carregal, Cunha, Chosendo, Escurquela, Faia, Ferreirim, Fonte Arcada, Freixinho, Granjal, Lamosa, Macieira, Penso, Quintela, Sarzeda, Sernancelhe e Vila da Ponte), dispersas por mais de 220 quilómetros quadrados, refletem um passado que abraça o futuro de forma harmoniosa.

O património edificado constitui o núcleo de quase todas as povoações, associando construções humildes a casas brasonadas, pelourinhos, cruzeiros e igrejas a fontes de mergulho. O Concelho é rico em pelourinhos, cruzeiros, capelas, alminhas e exibe belas igrejas, sinais inequívos de que Sernancelhe teve quatro antigas vilas: Fonte Arcada, Vila da Ponte, Lapa e Sernancelhe.

Ciente do seu percurso histórico, Sernancelhe abraça o desenvolvimento de forma planeada e sustentada, podendo afirmar, com segurança, que é apologista do velho ditado: “não se deve dar o passo maior que a perna!”.

Numa altura em que encara o turismo como forma de se catapultar para o futuro, assume como fundamentais obras decisivas como o Açude do Távora, a requalificação das margens do Rio e a criação de condições para gerar mais-valias importantes para a economia local, aliando a valorização do património à gastronomia, a cultura às gentes.

Freixinho e Faia, duas aldeias ribeirinhas, contam já com importantes zonas e Lazer e Recreio e são muitos os projetos para conferir valor acrescentado ao Rio que atravessa o nosso Concelho. Aposta também no Expo Salão como forma de mostrar e valorizar os recursos endógenos junto do público regional e nacional, e com espaço de excelência que mostrem os produtos endógenos.

No campo cultural, destacam-se equipamentos como a Biblioteca Municipal Abade Vasco Moreira, em pleno Centro Histórico, e o Auditório Municipal. Pioneiro no campo da Prevenção Rodoviária, Sernancelhe inaugurou em 2005 a Escola de Trânsito, constando hoje das Actividades de Enriquecimento Curricular de centenas de crianças do Concelho.

Realmente preocupado com a preservação do meio ambiente, deposita muito do seu esforço na qualidade da água fornecida aos munícipes e no tratamento do saneamento básico, dispondo hoje dos mais modernos equipamentos para esse efeito. A Bio-diversidade é encarada também como decisiva, por exemplo, na Freguesia de Lamosa, onde já surgiram equipamentos que permitem a sua observação e valorização, no âmbito da Rede Natura 2000.

A Lapa, Aquilio Ribeiro e a castanha são marcas deste território, sendo encaradas como estratégicas para o seu desenvolvimento.

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terça-feira, 24 novembro 2009 09:59

Jacou

Escrito por

Sernancelhe e Jacou unidos há 15 anos

 

Pertencente à região de l’Hérault, Jacou é uma vila localizada no Sul de França. Fica perto de Montpellier e conta com aproximadamente 5 habitantes.

O processo de geminação que uniu Sernancelhe e Jacou surgiu na sequência do interesse demonstrado pelos dois municípios ao Conselho das Regiões Europeias e à Associação Nacional de Municípios Portugueses, em encontrar parceiros para trocar experiências capazes de acrescentar uma mais valia a cada um deles.

A ata evocativa da geminação entre Sernancelhe e Jacou foi assinada a 25 de Setembro de 1999 no Salão Nobre da Câmara Municipal de Sernancelhe.

Desde 1999, ambas as comunidades têm estreitado laços e periodicamente trocam experiências e momentos culturais. Jacou é também uma região com muitos emigrantes, onde o apelo por Portugal se mantém forte. Daí que, pelo menos uma vez por ano, os dois Municípios se encontrem e cumpram o assumido com a Geminação.

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jacou

 

quarta-feira, 20 agosto 2008 10:11

Heráldica

Escrito por

Heráldica

 

brasao 

Brasão: de negro, com uma torre torreada de prata, aberta e iluminada de vermelho, acompanhada por duas espigas de trigo de prata. Em chefe, uma cruz da Ordem de Malta do mesmo metal. Em contra-chefe, três faixas ondadas, duas de prata e uma de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres: "Concelho de Sernancelhe". 

 

 

 bandeira Brasão: de negro, com uma torre torreada de prata, aberta e iluminada de vermelho, acompanhada por duas espigas de trigo de prata. Em chefe, uma cruz da Ordem de Malta do mesmo metal. Em contra-chefe, três faixas ondadas, duas de prata e uma de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres: "Concelho de Sernancelhe".
 

 

Selo: circular, tendo ao centro as peças das armas sem indicação dos esmaltes. Em volta, dentro de círculos concêntricos, os dizeres: «Câmara Municipal de Sernancelhe».

Transcrito do Diário do Governo - I Série - Nº 83 de 10 de Abril de 1937. (Portaria nº 8:676)

terça-feira, 12 agosto 2008 10:00

Mensagem do Presidente

Escrito por

Sejam bem-vindos a Sernancelhe! 


Presidente do Município de Sernancelhe

O Concelho de Sernancelhe é um território pleno de história. Séculos de uma existência anterior à fundação da nacionalidade portuguesa conferem a Sernancelhe o estatuto de terra onde pousaram povos de muitas proveniências que, pelo seu engenho e arte, deixaram conhecimento e importantes testemunhos da sua presença.

O conhecimento e a valorização do nosso passado, o apego à nossa identidade, a vontade inabalável de celebrarmos as nossas tradições e o inquestionável impulso que damos à cultura do nosso povo são, afinal, o sinal mais evidente de que sabemos que só com memória poderemos estar aptos para construir o nosso futuro.

Convido-vos pois a visitarem, através desta imensa janela digital, o Município de Sernancelhe, um território que tem a sua marca na História de Portugal. Geograficamente situado no norte do Distrito de Viseu, é aqui que acaba a Beira e começa o Douro. Antiga barreira de defesa dos invasores vindos de Espanha, Sernancelhe conheceu o primeiro foral em 1124, é terra natal do escritor Aquilino Ribeiro, ganhou o epíteto de Terra dos Mosteiros e é reconhecido pela sua castanha martainha, de cor luzidia e sabor inigualável.

Com mais de 220 Km2 de área total, distribuídos por 17 aldeias, Sernancelhe tem o privilégio de tirar partido da natureza em estado puro. O Rio Távora, vizinho amistoso de várias freguesias, contribui para o deslumbrante cenário formado pelas serras da Lapa e Zebreira. As límpidas águas do apressado rio que se encaminha para o Douro só encontram resistência no paredão granítico da barragem.

Mais distante do Távora, mas enriquecida com paisagens únicas, a Vila de Sernancelhe oferece uma imensidão de motivos para uma visita demorada. Começando pelas ruelas graníticas, passando pelos monumentos classificados (Igreja e Pelourinho), e culminando nos edifícios restaurados, todas as fachadas encerram histórias fabulosas. Ao lado de construções tradicionais nascem outros edifícios importantes para a dinamização do concelho de Sernancelhe. A Loja Interativa de Turismo, a Escola de Trânsito, a Biblioteca Municipal, o Museu Paroquial Padre Cândido são apenas alguns exemplos de como Sernancelhe abraça a cultura e aposta em simultâneo na preservação do seu património edificado.

Sernancelhe é, por tudo isto, um Concelho que homenageia as suas figuras ilustres, nunca esquecendo as suas gentes. Anualmente são lembradas figuras importantes que aqui nasceram e que pelo mundo espalharam cultura. De entre muitos, destaque para Padre Jodrigues e para o escritor Aquilino Ribeiro. O autor de "Terras do Demo", que nasceu na freguesia de Carregal, é considerado dos mais profícuos escritores do século XX português.

Através da Internet queremos manter informados os nossos muncícipes e tudo faremos para que este espaço seja interativo, dinâmico e agradável para quem nos visitar.

Aos nossos emigrantes abrimos aqui uma "janela" comunicativa, onde podem acompanhar de forma muito próxima tudo o que acontece ns sua terra.

Procuraremos que a Internet seja igualmente um espaço de simplificação e resolução dos processos, tendo em vista desburocratizar e tornar mais célere as matérias que são da competência da autarquia.

Entendemos a página da Internet do Município de Sernancelhe como um canal privilegiado para comunicar com os sernancelhenses, estejam eles onde estiverem. Acreditamos por isso que só assim conseguimos quebrar a distância e selar a amizade que nos une.

A todos um abraço fraterno,

O Presidente da Câmara
Carlos Silva Santiago

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