Granjal
Granjal deve a sua origem à Ordem de Malta. É uma das aldeias mais verdejantes do concelho, escondendo-se o seu casario por entre pinheiros e castanheiros, alguns velhos de séculos. O povoado cresce agora encosta acima, ajoelhando-se aos pés da ermida de Nossa Senhora da Aparecida. Graças à sua água de montanha, à frescura e ao parque de merendas é um dos locais mais requintados da aldeia. Considerado um miradouros natural de grande interesse, é a partir deste ponto que se vê a sede do concelho, as aldeias vizinhas e, em dias mais claros, o castelo de Penedono. Envolta pelas serras da Borralheira e Lapa, Granjal começou por ser uma granja (conjunto de dependências de uma propriedade agrícola). A riqueza do seu solo, principalmente na Lameira de Arados, transforma esta terra numa das mais produtivas do concelho. A Ribeira de Guímar ou de Arados, que nasce em pleno coração da serra da Lapa, vai irrigando as pequenas parcelas à sua passagem, sendo responsável pela qualidade excepcional das culturas. Terra de ferreiros, muito requisitados pelas suas habilidades na arte de ferrar os cavalos e burros, Granjal continua uma aldeia essencialmente agrícola. Apenas no século XIV se constituiu como freguesia, guardando muitos exemplos da convivência da ruralidade com os senhores da terra. Almeidas, Mendonças, Amarais, Rochas e Pessanhas eram algumas das famílias importantes de Granjal. Do seu património destacam-se a Igreja Matriz e a graciosa Capela de S. Miguel, com brasão na verga da porta principal. Ao lado, ergue-se a casa dos Cardosos, uma construção do século XIX, soalheira e imponente, que define um estilo de vida de uma família rica de gosto requintado. Habitação idêntica no estilo situa-se bem no centro da povoação. Ao lado sobressai o cruzeiro do Largo do Soito, datado de 1736, que prende pela sua elegância. No Cabo do Lugar, o bairro de construções tipicamente rurais, aprecia-se ainda a pequena Capela de Santo António, aberta em dias de procissão na aldeia. Do Cabo do Lugar, passando pela Quinta de Arrossaio até ao Paúl, em tempos laje comunitária onde a população secava e malhava os cereais, segue-se hoje por uma ligação larga e confortável em cubos de granito.
Informações Gerais
Coordenadas | 40°53'08.0"N 7°31'43.5"W |
População em 2011 | 272 |
Área | 16,84 km² |
Orago | Nossa Senhora Da Aparecida |
Locais a Visitar
. Cruzeiro do Largo do Soito |
. Igreja Matriz |
. Miradouro e Capela da Senhora da Aparecida |
. Capela de S. Miguel |
Fonte Arcada
Fonte Arcada deve o seu nome à fonte em arco ogival (sec. XIII ou XIV) que se encontra no sítio da Cova da Moura, e foi sede de concelho durante sete séculos. D. Sancha Vermuiz concedeu-lhe foral no ano de 1193 e estavam sob sua administração as freguesias de Freixinho, Ferreirim, Macieira, Escurquela, Chosendo e Vilar (hoje pertencente ao concelho de Moimenta da Beira). Por causa deste estatuto, a vila atingiu alto grau de prosperidade, como demonstram os seus solares medievais e os monumentos. Coutinhos e Gouveias foram algumas famílias ilustres que aqui se implantaram. Porém, foi no século XVII, quando Fonte Arcada tinha juiz, tabelião, escrivão, almotacés e sargento-mor de ordenanças, que surgiram os melhores solares: dos Condes da Azenha, dos Couraças e dos Brigadeiros, com terreiro murado e portão com escudo da família. A importância administrativa de Fonte Arcada está ainda hoje bem presente no Pelourinho, na Torre do Relógio, no cerro do Castelo e na Casa do Paço ou Casa da Loba (séc. XIII). A contrastar com a nobreza, o povo distribuía-se pelo casario típico em granito amarelado de boa cantaria, onde coexistem maciços balcões de pedra com bonitas varandas de madeira. No Largo do Rossio, os fontercadenses acorriam à Igreja Românica, do século XIII, que se desenvolve em planta longitudinal composta por nave, capela-mor, capelas laterais e sacristia. O culto é ainda hoje um marco de Fonte Arcada, sendo a sua festa, dedicada à Senhora da Saúde, a segunda maior romaria do concelho de Sernancelhe. Situado no miradouro de onde se avista o rio Távora, o Santuário está enquadrado num espaço composto por recinto de feira, parque de merendas e coreto. Para lá chegar sobe-se por uma calçada à portuguesa íngreme e escorregadia. A mesma calçada por onde os bois puxam os carros armados de andores em dia de festa e os Zés-pereiras fazem ecoar os seus tambores. Fonte Arcada e Escurquela formam hoje a União de Freguesias de Fonte Arcada e Escurquela.
Informações Gerais
Coordenadas | 40°57'55.7"N 7°31'16.4"W |
População em 2011 | 270 |
Área | 11,87 km² |
Orago | Nossa Senhora da Saude |
Locais a Visitar
Escurquela
Assente no retábulo paisagístico que assinala a transição formal da Beira para o Douro, Escurquela situa-se, como refere Abade Vasco Moreira, no livro Sernancelhe e Seu Alfoz, num pico de onde se “divisa um extenso panorama, limitado ao poente pelas linhas indecisas e vagas do Marão, ao sul pelo vulto da Serra da Estrela, esfumada sempre pela distância como se a envolvesse perpetuamente densa neblina” . É realmente impressionante a paisagem a partir deste ponto. Graças ao seu posicionamento, a aldeia serviu de esculca (vigia) ao Castelo de Sernancelhe, enviando sinais noturnos (facho a arder) sempre que o inimigo se aproximava. A importância histórica de Escurquela ficou comprovada quando, há alguns anos, ali foi descoberto um precioso machado neolítico. Uma ida ao Outeiro de Santiago é obrigatória. Diz a lenda que naquele rochedo saltava Santiago, com o seu cavalo, para acudir aos cristãos nas lutas contra os mouros. As marcas das ferraduras do seu cavalo terão ficado marcadas na rocha. Só pela paisagem vale a pena subir ao monte, onde existe a Capela de S. Tiago, igualmente repleta de tradições. Descendo até à povoação, entramos na Igreja Matriz de S. Domingos e apreciamos o tecto pintado no século XVIII. No adro encontra-se ainda a Casa dos Tenentes, a setecentista fonte de mergulho e um solar provinciano com um bonito brasão e capela. Igualmente bonito é o Cruzeiro de Templete com a imagem do Nosso Senhor dos Aflitos (sec.XVIII), erguido ao lado do adro. Escurquela, a freguesia mais distante da sede do concelho, é uma caixinha de surpresas. A paisagem, que reconforta de qualquer ponto de observação, acompanha-nos até Fonte Arcada, por entre vinhas e pomares, aproveitando os socalcos que a inclinação da encosta originou.
Informações Gerais
Coordenadas | 41°00'23.0"N 7°31'15.0"W |
População em 2011 | 138 |
Área | 8.47 km² |
Orago | São Domingos |
Locais a Visitar
Ferreirim
Ferreirim é uma terra povoada de olivais e vinhas. O vale onde se posiciona é fértil e adaptado à agricultura, setor que ocupa grande percentagem da população. Já no tempo de D. Sancha Vermuiz, que deu foral a Fonte Arcada em 1193, Ferreirim, na altura freguesia daquele concelho, era a mais desenvolvida. Em 1855 ingressaria definitivamente no concelho de Sernancelhe, mas sem nunca perder o sentido comunitário dos seus habitantes, assim como os extensos terrenos, fundos e adequados à cultura de batata e milho. Hoje tende a abraçar o sector secundário, como exemplificam as pequenas indústrias de mármore, madeiras e produtos agrícolas situadas no Parque Empresarial do Picoto, mas preserva bons exemplos da preponderância de outros tempos. Por entre edifícios de traça requintada, antigos e brasonados, sobressai a Fonte Românica, classificada como Imóvel de Interesse Concelhio. O Santuário de Nossa Senhora da Consolação, de onde se desfruta uma vista privilegiada sobre a aldeia, é motivo de festa rija na aldeia no 3º domingo de agosto. A Igreja Matriz de Santo Estêvão, do século XVII, de granito amarelado e situada em lugar harmonioso, convida a uma visita. Existe ainda um Marco da Universidade de Coimbra, um Cruzeiro de Templete e várias alminhas que coexistem com desordenados muros de pedra. Mesmo no fundo da povoação descobrimos o conjunto escultórico que as mãos dos artistas do granito regionais criaram em homenagem aos 20 anos da Banda Musical 81 de Ferreirim. A antiga Escola Primária deu lugar ao moderno Conservatório Regional de Música de Ferreirim, contando com mais de duas dezenas de alunos, gerido pela Associação da Banda Musical 81. Ferreirim encabeça hoje a União de Freguesias de Ferreirim e Macieira.
Informações Gerais
Coordenadas | 40°56'41.0"N 7°29'46.4"W |
População em 2011 | 457 |
Área | 10.30 km² |
Orago | Sr.ª Consolação |
Locais a Visitar
. Rotunda dos Músicos - conjunto escultórico de homenagem à Banda Musical 81 |
. Igreja Matriz de Santo Estêvão |
. Santuário de Nossa Senhora da Consolação |
. Fonte Românica |
.Conservatório Regional de Música |
Macieira
É a Serra da Zebreira, a quase mil metros de altitude, que guarda no seu seio a pequena povoação de Macieira, terra de centeio e hoje de castanha. Foi ela quem, no tempo do Concelho de Fonte Arcada, serviu de pousio a diversas fortalezas, em volta das quais se terão travado importantes lutas entre cristãos e árabes. Macieira cativa pela singeleza do seu casario granítico, sombrio e pesado, voltado para os temporais de norte. As ruas são tortuosas e íngremes. Percorrendo-as descobrimos a arquitetura rural que tão bem caracteriza esta aldeia de gente laboriosa e humilde. Encontramos também duas fontes de água fresca e límpida de onde sobeja água em quantidade para formar um ribeiro, que é engrossado por outro, o Vidual, e se encontram no Távora, em Riodades. Perto deste curso de água a bonita imagem dos pombais torna-se mais real. São dois exemplares da economia local, que merecem ser salvaguardados e, quem sabe, aproveitados para fins turísticos. Os mais idosos, sempre disponíveis para dois dedos de conversa, não descuram as orações diárias na Igreja Matriz, dedicada a Nossa Senhora da Apresentação. O local onde está situada é deslumbrante, permitindo apreciar os limites da Beira e os princípios do Douro. Descendo algumas ruas, por entre casas povoadas de árvores de fruto e silvas derreadas de amoras, chegamos ao Solar e à Capela de S. Domingos, datados do século XVIII, um bonito exemplar da arquitetura nobre, hoje restaurado.
Informações Gerais
Coordenadas | 40°59'21.7"N 7°29'09.4"W |
População em 2011 | 124 |
Área | 11.79 km² |
Orago | Sr.ª de Fátima |
Locais a Visitar
. Igreja Matriz de Nossa Senhora da Apresentação |
. Solar e Capela de S. Domingos |
. Serra da Zebreira |
. Casario rural |
Faia
A Faia é, do grupo das aldeias ribeirinhas do Concelho, a que mais deve a sua história recente à vontade do homem em represar as águas do rio e delas retirar energia. Na década de 60, Faia teve de fugir das margens e deslocar toda a povoação para o monte. Debaixo de água ficaram os solos mais produtivos e o impressionante conjunto de sepulturas escavadas na rocha, que denunciam a antiguidade da aldeia. Hoje, o Centro Interpretativo da Aldeia da Faia promove essa visita pela memória dos habitantes locais, através de imagens, de vídeos, de utensílios e, como complemento, pode partir à descoberta da história no percurso pedestre criado junto ao Távora. A Igreja de São Martinho também não passou ao lado da construção da Barragem e teve de ser erguida no alto, fazendo-se rodear de pequenas habitações em granito que serviram de albergues aos funcionários da EDP que aí trabalharam. Passado o sobressalto, a população procurou novas parcelas para cultivar e construiu mais longe do leito do rio. Recente, mas também sinal do aproveitamento dos recursos naturais, é a Zona de Lazer e Recreio, bem enquadrada paisagisticamente. Mais longe das águas, num pequeno monte pejado de pinheiros e oliveiras, situa-se a Capela do Senhor da Aflição. É ela que olha pela Faia. A aldeia retribui com uma celebração em sua honra no terceiro domingo de Agosto. Na Quinta da Alagoa, hoje repleta de pomares, ainda se pode apreciar o local onde terá nascido a lenda do Rei Chiquito.
Informações Gerais
Coordenadas | 40°56'58.0"N 7°32'46.0"W |
População em 2011 | 207 |
Área | 3.27 km² |
Orago | Senhor da Aflição |
Locais a Visitar
. Centro Interpretativo Aldeia da Faia |
. Zona de Lazer |
. Necrópole |
. Capela do Sr. da Aflição |
. Igreja de S. Martinho |
Chosendo
Chosendo é uma aldeia pousada numa encosta rochosa, formada pelo cabeço de Santa Bárbara e a Cova da Moura, ramificando-se pela Serra da Zebreira. Chosendo orgulha-se de exibir as suas habitações tradicionais, as suas fontes, o conjunto de sepulturas antropomórficas e os vales onde se desenvolvem as culturas agrícolas. Motivo de veneração é a Santa Bárbara, hoje símbolo da aldeia, com santuário pousado em ponto alto da serra, de onde se avista um cenário de rara beleza.
Fecundado pelo Ribeiro de S. Miguel, que entra no Távora mais adiante, o vale começa no ponto mais alto da aldeia, de onde se avista a Serra da Estrela, o planalto da Lapa, Caria, Leomil e Borralheira. É de lá que a Capela de Santa Bárbara protege os habitantes locais das trovoadas. No centro da povoação de Chosendo encontramos a bonita igreja matriz dedicada a S. Miguel, rodeada de casas rústicas de cantaria enegrecida pelo tempo. O Senhor do Calvário, venerado no terceiro domingo de agosto, é o padroeiro de freguesia.
Informações Gerais
Coordenadas | 40°58'06.5"N 7°27'20.8"W |
População em 2011 | 254 |
Área | 10,72 km² |
Orago: | Sr. do Calvário |
Locais a Visitar
. Igreja de São Miguel |
. Capela de Santa Bárbara |
. Necrópole da Cova da Moura |
. Sepultura antropomórfica de S. Sebastião |
Cunha
Cunha é a aldeia típica da serra. Destaca-se pelo casario de traça humilde, mas admirável, construído com granito da região. Recortadas em plena serra do Pereiro, as habitações encaixam harmoniosamente na encosta e enriquecem uma zona muito produtiva e fértil, formada pelas colinas de Santo Estêvão a norte, Coitada a nascente, Cabeço do Roldão e Queimadas a sul. A paisagem, prenhe de soutos de castanheiros e eiras com palheiros, alguns pombais, denota a presença do homem e a sua acção na freguesia de Cunha, aldeia incapaz de apagar as marcas da Ordem de Malta, que aqui tinha uma das suas mais produtivas localidades. A Igreja Matriz de S. Fecundo, erguida bem no centro da povoação, ostenta talha do século XVIII e duas pinturas sobre tábua representando S. Francisco e Sto. António. O retábulo maneirista da capela de S. João Baptista é uma preciosidade, assim como as tábuas pintadas com S. Francisco e Sta. Catarina. As capelas de Santo Amaro e Santo Antão atraem muitos romeiros à aldeia, para pagamento de promessas. O Solar dos Amados, com uma bela capela dedicada a Nossa Senhora, encerra todo o historial de uma das famílias nobres da terra. A época medieva também está bem representada, com várias sepulturas antropomórficas encontradas no Chão das Vinhas e na Tapada do Poço.
Tabosa da Cunha
É a localidade anexa da Cunha, mas que nunca assim foi entendida pois a sua projeção e impeto coletivo é muito elogiado. Situa-se na colina do Monte Pereiro e é caracterizada pela impressionante inclinação das suas ruas, ficando o casario diposto em patamares. Uma dessas artérias conduz ao alto da serra. O mesmo alto onde se desenha a linha tortuosa e sombria do cume do Pereiro, admirando-se o serpentear da Ribeira da Tabosa lá ao fundo. O ponto em que o horizonte é o limite para a contemplação. A guardar este local está a solitária capelinha de Santo Estêvão, que é padroeira da localidade de Tabosa. A povoação homenageia em plena serra o seu padroeiro com festa rija. É uma localidade muito dinâmica e com forte sentido comunitário.
Informações Gerais
Coordenadas | 40°50'12.0"N 7°27'01.0"W |
População em 2011 | 310 |
Área | 19.16 km² |
Orago: | Santo Amaro |
Locais a Visitar
. Igreja Matriz de S. Fecundo - Cunha |
. Capela de S. João Baptista - Cunha |
. Solar dos Amaros - Cunha |
. Necrópole do Chão das Vinhas - Cunha |
. Lagareta das Cortinhas - Cunha |
. Capela de Santo Amaro - Tabosa da Cunha |
. Serra do Pereiro - Tabosa da Cunha |
Carregal
Carregal é berço de Aquilino Ribeiro. Terra dominada por uma paisagem repleta de verde, que quase oculta a nascente do Rio Aviasca, admiramos a localidade onde nasceu um dos maiores escritores do século XX. A casa lá está, por detrás do Pátio, que recebeu o nome do autor de “O Malhadinhas”. O pequeno núcleo urbano de Carregal guarda, religiosamente, a capelinha de Santo Amaro e a Igreja Matriz do Espírito Santo. Rodeada de velhos arciprestes, abre-nos as portas para que admiremos o seu interior em talha dourada e o requinte da sua construção. Ao lado sobressai o Pórtico dos Sanhudos, com brasão, por onde passamos rumo ao aglomerado de casas de pedra onde Aquilino nasceu. É uma construção humilde, típica de lavrador, tal como a descrição detalhada que o escritor faz em “Cinco Reis de Gente”. Carregal é aldeia plena de história e um exemplo de comunidade constituida por mais duas localidades: Aldeia de Santo Estêvão e Tabosa do Carregal.
Aldeia de Santo Estêvão.
As habitações de granito negro, envoltas numa paisagem típica de serra, pedregosa e agreste, mesclam-se com construções modernas, de planta importada. A própria Igreja, construída no século XX, nasceu da vontade do povo e empenho pessoal do então pároco da freguesia, Lucas Ribeiro, que esteve na comunidade durante mais de cinquenta anos. Os lameiros, os terrenos agrícolas e florestais, os pastos e as forragens abundam, sendo o leite e a pecuária garantias de casa farta e dinheiro na algibeira. A povoação exibe ainda a sua capelinha de Santa Quitéria, levantada no século XVIII, ao lado de um solar de 1745. A Capela de Santo Estêvão é outro exemplo da devoção do povo, que se uniu para a reedificar. A olhar para o lazer, Aldeia de Santo Estêvão aproveitou as águas que brotam da encosta da Serra da Lapa e represou-as na zona de lazer da Fonte Limpa, um espaço de convívio e de encontro das gentes da aldeia.
Tabosa do Carregal
É a terra do Convento de Nossa Senhora da Assunção e dos fálgaros. Fundado em 1690 por D. Maria Pereira, com o objectivo de abrigar monjas descalças ou recoletas que professassem as regras de S. Bento com devoção e piedade, foi o verdadeiro impulso ao crescimento da povoação de Tabosa. O granito é o elemento dominante em toda a construção e também nas habitações que o rodeiam. Imponente, o convento conheceu a ruína com a extinção das Ordens Religiosas, em 1834. A cerca desabou, assim como grande parte dos motivos mais interessantes do edifício. Escaparam a Torre do Mirante, o Pórtico e a Igreja que hoje é utilizada pelo povo para as normais cerimónias religiosas. Em 1850, à data da morte da última freira, e depois de uma história atribulada, o convento encerrou. Na povoação há capelas, uma fonte de mergulho e uma casa fidalga. Mas o que realmente sobressai do casario desta encosta pedregosa, fértil em urzes e sargaços, é o aroma dos fálgaros, a especialidade criada pela recolhidas do Convento de Nossa Senhora da Assunção à base de ovos, farinha e queijo. Merece a pena uma visita demorada à Tabosa, em especial ao Convento, hoje visitável e onde é possivel perceber toda a história e vivência daquele espaço religioso.
Informações Gerais
Coordenadas | 40°54'31.8"N 7°34'41.2"W |
População em 2011 | 393 |
Área | 19,73 km² |
Orago: Carregal | Santo Amaro |
Aldeia de Santo Estêvão | Santo Estêvão |
Tabosa do Carregal | São Brás |
Locais a Visitar
. Pátio Aquilino Ribeiro - Carregal |
. Igreja Matriz do Espírito Santo- Carregal |
. Capelinha de Santo Amaro - Carregal |
. Capela de Santa Quitéria - Aldeia Santo Estêvão |
. Capela de Santo Estêvão - Aldeia Santo Estêvão |
. Zona de Lazer da Fonte Limpa - Aldeia Santo Estêvão |
. Convento Nossa Senhora da Assunção - Tabosa |
. Igreja de Nossa Senhora da Assunção - Tabosa |
Arnas
Circundada por pedregosos cerros, com um riacho quase imperceptível a atravessá-la, Arnas é terra de história e monumentos, como testemunha o Castro de Murganho e a igreja seiscentista, dedicada a Nossa Senhora da Conceição, que se levanta no cimo da aldeia. O teto impressiona por causa da pintura com uma invulgar iconografia: um dragão é ferido com um raio de fogo que lhe é atirado por um menino e que o faz estrebuchar de sofrimento. A gente das Arnas acredita no poder curativo da água que brota do rochedo contíguo à Capela de S. Pedro, à Conquinha, dizendo que faz bem às vistas. Nunca seca este nascente misterioso, em que a água passa de covinha em covinha em ritmo sincronizado. Tão misterioso como a Lapa da Moira, um gigantesco abrigo natural que os pastores utilizavam quando havia temporal. A vista a partir deste ponto é fantástica. A Serra revela-se por inteiro, o colorido do rosmaninho e da bela-luz transformam-se em aroma e as pedras formam um cenário mais parecendo ovelhas a pastar! Na aldeia sobressai, imponente e misteriosa a Coluna em granito, plantada junto à capela de S. João, que parece homenagear o arrojo dos homens que ousaram erguê-la e aqueles que por aqui enfrentam o frio dos rigorosos Invernos. Frio que espantam com as robustas lareiras construídas no interior das casas típicas de perfeitos blocos de granito amarelo.
Informações Gerais
Coordenadas | 40° 51' 40" N 7° 26' 16" O |
População em 2011 | 220 |
Área | 16,64 km² |
Orago | Nossa Senhora da Conceição |
Locais a Visitar
. Igreja de Nossa Senhora da Conceição |
. Capela de S. João |
. Capela de S. Pedro |
. Castro do Murganho |
A melhor Festa da Castanha de sempre
Sernancelhe é a terra da castanha. É assim que o Concelho é conhecido em todo o País e este fruto da natureza é responsável pela marca de prestígio que sai deste território para os quatro cantos do Mundo. A importância económica da castanha é enorme para as gentes de Sernancelhe, mas também a balança nacional sente os efeitos positivos do valor crescente deste fruto e do aumento da procura registada a cada ano. Por isso, Sernancelhe celebra, desde 1992, a Festa da Castanha. A edição deste ano, que decorreu de 23, 24 e 25 de outubro, foi a melhor de sempre.
Comunidade Intermunicipal do Douro reuniu em Sernancelhe
A Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro) realizou, no dia 28 de outubro, no Centro de Artes de Sernancelhe, a reunião do Conselho Executivo. A iniciativa, integrada na estratégia descentralizadora daquele organismo, permitiu debater várias questões comuns aos 19 municípios que constituem a CIM Douro e definir estratégias de atuação de curto e médio prazo, determinantes para o desenvolvimento da região.