A melhor Festa da Castanha de sempre

A melhor Festa da Castanha de sempre

Sernancelhe é a terra da castanha. É assim que o Concelho é conhecido em todo o País e este fruto da natureza é responsável pela marca de prestígio que sai deste território para os quatro cantos do Mundo. A importância económica da castanha é enorme para as gentes de Sernancelhe, mas também a balança nacional sente os efeitos positivos do valor crescente deste fruto e do aumento da procura registada a cada ano. Por isso, Sernancelhe celebra, desde 1992, a Festa da Castanha. A edição deste ano, que decorreu de 23, 24 e 25 de outubro, foi a melhor de sempre.

Festival de Sopas de Sernancelhe, um festival de gastronomia, de tradição e de etnografia

Festival de Sopas de Sernancelhe, um festival de gastronomia, de tradição e de etnografia

O Município de Sernancelhe promoveu, nos dias 20, 21 e 22 de fevereiro, no Expo Salão, a segunda edição do Festival das Sopas e Encontro de Ranchos. Aliando a vertente gastronómica à etnografia, a autarquia deu assim continuidade a um evento que conheceu, em 2014, um impacto muito positivo, tendo mobilizado este ano dezena e meia de associações concelhias e recebido a visita de milhares de pessoas.

Passeio Pedestre “Rota da Castanha e do Castanheiro"

AS INSCRIÇÕES PARA O Passeio Pedestre "Rota da Castanha e do Castanheiro" ESTÃO ENCERRADAS

Agradecemos a todos os participantes e até amanha.

 

 

 

  

 

Inscrições -  Passeio Pedestre "Rota da Castanha e do Castanheiro"  

Actualizado em: 28/10/2016

N.º Nome Localidade Almoço
1 Carlos Alberto Roque Neto Chaves Coimbra sem
2 Joana Gomes Miranda Garcia Coimbra sem
3 Carolina Gomes Roque Garcia Chaves Coimbra sem
4 Armando Manuel Aguiar Mateus Sernancelhe sem
5 Vera Lucia Lucas Amaro Mateus Sernancelhe sem
6 Sandra da Conceição Rodrigues Caria Macieira sem
7 Mª de Sª José Caria Rolo Macieira sem
8 Fernando António Caria Rolo Macieira sem
9 Virginia da Encarnação Correia Leitão Sernancelhe sem
10 Ana Cristina Sobral Lopes Aguiar Rainho Sernancelhe sem
11 Rui Matos Moimenta da Beira sem
12 Estela de Medeiros Costa Matos Moimenta da Beira sem
13 Leila Laura Costa de Matos Moimenta da Beira sem
14 Candido Lopes Azevedo Sernancelhe sem
15 Lidia Santiago Nobre Sernancelhe sem
16 Emanuel Lima Matosinhos sem
17 Helena Dias Matosinhos sem
18 Francisco José Lopes Moreira Sernancelhe sem
19 Daniela Marisa Macedo araujo Salgueiro Viseu sem
20 Maria Leonor Freire de Meneses Pestana Viseu com
21 Manuel Martins Viseu com
22 Ana Martins Viseu com
23 Teresa Maria Gonçalves Moreira de Jesus Porto com
24 Umberto Moreira Marques de Jesus Porto com
25 Arlinda Mª Gonçalves Silva Marques Jesus Porto com
26 Patricia Alexandra Barroso da Fonseca Maia com
27 Aderito da Conceição Machado Sernancelhe com
28 Isilda Correia Sernancelhe com
29 Adolfo Santos Cruz Carregal com
30 Maria Julia Rodrigues da Rocha Cruz Carregal com
31 Alcida dos Santos Morais Pereira Sernancelhe sem
32 Carla Maria Morais Pereira Sernancelhe sem
33 Gustavo Manuel Pereira Santiago Sernancelhe sem
34 Adriana Filipa de Jesus Pereira Sernancelhe sem
35 Margarida Santos Mateus Moimenta da Beira sem
36 Aida Isabel Moreira Santos Moimenta da Beira sem
37 Monica Alexandra  A. Mota Soares Sarzeda sem
38 Cristina Nunes Pintassilgo Tabosa da Cunha sem
39 Olga Maria N. Gomes Sernancelhe sem
40 Luísa Pereira Pinto Granjal sem
41 Emília Margarida Correia Lopes da Fonseca Sernancelhe sem
42 Valdemar da Fonseca Santos Sernancelhe sem
43 Miguel Tomás Lopes da Foseca Sernancelhe sem
44 Carla Luísa Ferreira Moutinho Lourosa Sernancelhe sem
45 José Carlos Sousa Cândido Lourosa Sernancelhe sem
46 Sónia Isabel Caria Lopes Sernancelhe sem
47 José Alberto Rodrigues Aguiar Santos Sernancelhe sem
48 Maria de Lurdes Lopes Aguiar Viseu sem
49 Luis Henrique Costa Tabuaço sem
50 Maria do Carmo Lopes Sernancelhe sem
51 Maria Margarida Cardoso Lopes Sernancelhe sem
52 Alzira Santos Domingos Sernancelhe sem
53 Silvia da Conceição Cardoso Lopes Sernancelhe sem
54 Filipa Sobral Sernancelhe sem
55 Maria do Céu Meirinhas Faia sem
56 Bruno José Lopes Amaral Sernancelhe sem
57 Maria Albertina Lopes Amaral Sernancelhe sem
58 Maria dos Anjos Gouveia Sernancelhe sem
59 Carla Maria Rodrigues Caria Sernancelhe sem
60 Madalena Silva Caria Santiago Sernancelhe sem
61 Vitoria Silva Caria Santiago Sernancelhe sem
62 Fernando José Gomes Ferreira Sernancelhe sem
63 Sandra Manuela Santos Sernancelhe sem
64 Paulo Caria Sernancelhe sem
65 Gisela Silva Ovar com
66 Paulo Silva Ovar com
67 Luís Sá Pinto Ovar com
68 Silvia Rocha Ovar com
69 Otilia Ribeiro Stª Mª da Feira com
70 Jorge Ribeiro Stª Mª da Feira com
71 Gloria Maria Stª Mª da Feira com
72 José Cardoso Stª Mª da Feira com
73 Teresa Oliveira Ovar com
74 Hugo Sá Ovar com
75 Manuela Silva Ovar com
76 Alfredo Oliveira Ovar com
77 Marina Romano Ovar com
78 Luis Jeronimo Lemos Ribeiro Aguiar da Beira sem
79 Ana Catarina Fernandes Venera Aguiar da Beira sem
80 Hugo Salgado Sernancelhe sem
81 Ana Sofia Esteves de Carvalho Sernancelhe sem
82 Jose Manuel Carvalho Pereira Guedes Viseu com
83 Paulo Jorge Amaral Rebelo Pereira Sernancelhe com
84 Fernanda Maria Pires Leite Ribeiro Sernancelhe com
85 Carlos António da Cunha Sà e Melo Povoa de Sobrinhos sem
86 Eulalia Faria Santos Vila da Ponte sem
87 Iristina Andrade Vila da Ponte sem
88 Cristina Almeida Soares Vila da Ponte sem
89 Carlos Manuel Ramos dos Santos Ferreirim 0
90 João Fonseca Ferreirim com
91 Luis Saraiva Ferreirim com
92 Maria Ivone Saraiva Ferreirim com
93 Artur Paiva Riodades com
94 Elvira Paiva Riodades com
95 Sergio Avelino Riodades com
96 Fatima Avelino Riodades com
97 António de Matos Riodades com
98 Luisa de Matos Riodades com
99 Anibal José Santos Pinho Granjal com
100 Paula Maria Silva Pinto Santos Granjal com
101 Cristiano Pinto Santos Granjal com
102 Natalia Margarida Lopes dos Santos Gomes Sernancelhe sem 
103 Maria Adelaide Pinto Gomes Nascimento Sernancelhe sem 
104 Liliana Gomes Nascimento Sernancelhe sem 
105 Amelia Maria Coutinho Sernancelhe sem 
106 Catarina Gomes Coutinho Sernancelhe sem 
107 Catarina Neto Gomes Sernancelhe sem 
108 Maria Piedade Costa Afonso Tabosa da Cunha sem 
109 Luisa Maria Costa Afonso Tabosa da Cunha sem 
110 Serafim Pinto Afonso Tabosa da Cunha sem 
111 Susana Caria Macieira sem 
112 José Pedro Romano Moledo com 
113 Maria do Rosario Bispo Moledo com 
114 Herminio Correia Moledo com 
115 Izilda Esteves Diogo Moledo com 
116 Maria Isabel Barroso Moledo com 
117 Auricelia Morais Moledo com 
118 Francisco Augusto M. Vaz Moledo com 
119 José Serra Moledo com 
120 Maria José Morais Moledo com 
121 Antonio Morais Moledo com 
122 Joaquim Jorge Esteves Laranjo Moledo com 
123 Maria da Conceição Laranjo Moledo com 
124 Maria de Lurdes Coelho Moledo com 
125 Maria Pereira dos Santos Oliveira Moledo com 
126 Eric Daniel Capinha Fernandes Moledo com 
127 Ana dos Santos Laranjo Moledo com 
128 Claudia Laranjo Moledo com 
129 Maria do Nascimento Rato Moledo com 
130 Manuel dos Santos Rato Moledo com 
131 Celia Nunes Moledo com 
132 Antonio Simão Moledo com 
133 Maria José Neves Milheiro Moledo com 
134 Maria Adelia Leitão Moledo com 
135 Maria Manuela Sequeira Moledo com 
136 Betatriz Sequeira Milheiro Moledo com 
137 Maria de Jesus Burrego Moledo com 
138 Daniela Alexandra Barros Leitão Moledo com 
139 Santos Sequeira Moledo com 
140 João Sequeira Moledo com 
141 Joaquim Milheiro Ancelmo Moledo com 
142 Elvira Sequeira Moledo com 
143 Manuel Esteves da Costa Moledo com 
144 António Manuel Dias Migueis Moledo com 
145 Maria Leonor de Jesus Moledo com 
146 Maria Jose de Jesus Moledo com 
147 António Maria da Costa Moledo com 
148 Maria Helena Carreiro Moledo com 
149 Delmina Neves Milheiro Moledo com 
150 Torcato Vilela Moledo com 
151 Maria do Carmo Vilela Moledo com 
152 Maria Manuela Baleiras Moledo com 
153 Maria da Conceição Baleiras Moledo com 
154 Rui de Oliveira Baleiras Moledo com 
155 Olimpia Baleiras Moledo com 
156 Alvaro Baleiras Moledo com 
157 Manuel Baleiras Moledo com 
158 Maria Celeste Afonso Moreira Moledo com 
159 Manuel de São Pedro Capinha Moledo com 
160 Laura Leitão Capinha Moledo com 
161 Patricia Leitão Capinha Lalanda Moledo com 
162 Carlos Alberto Laranjo da Costa Lalanda Moledo com 
163 Martim Daniel Capinha Fernandes Moledo com 
165 Isabel Venicio Linda a Velha com 
166 Vanessa Coelho Lavradio com 
167 Claudia Marques Lisboa com 
168 Helia Machadinhas Lisboa com 
169 Sonia Carreira Fernão Ferro com 
170 Francisca Farinha Fernão Ferro com 
171 Tomas Farinha Fernão Ferro com 
172 Paulo Carvalho Cacém com 
173 Ana Margarida Carmo Cacém com 
174 Filipe Carvalho Cacém com 
176 Sandra Lopes Aguiar da Beira sem
177 Tânia Alexandra Cardoso Sobral Sequeira Sernancelhe sem
178 Paulo Jorge Tiago Vial Franca das Naves sem
179 José Maria Sousa Caria Macieira sem
180  Manuel Oliveira Nascimento Escurquela sem
181 Ana Cristina Silva Sarzeda sem
182 António Paixão Sarzeda sem
183 Luisa Paixão Sarzeda sem
184 João Silva Sarzeda sem
185 Vania Rafaela da Silva Tavares Chosendo sem
186 Maria Esmeraldina Silva Tavares Chosendo sem
187 Filipe Rafael Magnorio Salgado Sarzeda sem
188 Artur Carlos Rocha Pina Lamego sem
189 Lucilia Lopes Carreira da Fonseca Srn com
190 Cludia Fonseca Srn com
191 Maria de Fátima Caria Pereira Penso com
192 Celia Pinto Satão sem
193 Fabiana Santos Srn sem
194 Ana Maria Correia Sobral Magnorio Srn sem
195 Jorge Carvalho Magnorio Srn sem
196 Antonio José de Almeida Ferreirim com
197 Maria de Lurdes Oliveira Xavier de Almeida Ferreirim com
198 Luis da Silva Ferreira Pires Viseu com
199 Maria Esmeralda Martins de Lima Viseu com
200 Alexina Menezes Silva Viseu com
201 Artur Jorge da Fonseca monteiro Castro Verde com
202 Cristina Santos Cunha sem
203 Susete Pinto Santos Cunha sem
204 Cristina Maria Pinto Santos Cunha sem
205 Brenda Almeida Pena Verde sem
206 António Jorge Ribeiro de Figueiredo Oliveira do Conde sem
207 Maria Amelia Sousa Marques Figueiredo Oliveira do Conde sem
208 Aureliano Simões Fernandes Fiais da Telha sem
209 Maria Isabel de Almeida Cardoso André Vila da Ponte sem
210 Ana Rita Cardos André Vila da Ponte sem
211 Pedro Lopes Penso sem
212 Ana Isabel Brás Chaves Penso sem
213 Antonio Fernando de Carvalho Oliveira Valadares sem
214 Elza Cortinhas de Carvalho Oliveira Valadares sem
215 José António dos Santos Sampaio Vila Nova de Gaia sem
216 Daniela Ribeiro Rocha Alvite com
217 Sara Maria Paiva da Guia Formilo com
218 Telma Celina Torres Simões Vial Franca das Naves com
219 Josef Robert Matança com
220 Deonilde Robert Matança com
221 Joaquim Bernardo Mosteiro Pena Verde com
222 Dorinda Bernardo Mosteiro Pena Verde com
223 Gracinda Santos Viseu com
224 Catarina Viseu com
225 Fernanda Pereira Viseu com
226 António Lourenço Neto Viseu com
227 Maria Amelia Neto Viseu com
228 Antonio Morgado Viseu com
229 Deolinda Morgado Viseu com
230 Olinda Rodrigues Macieira sem
231 Joana   Srn com
232 Helder Srn com
233 Francisca   Srn com
234 Oscarina Srn com
235 Antonio Srn com
236 Cristina Srn com
237 Gabriel Srn com
238 Cristina Santos Srn com
239 CGD  Lisboa com
240 CGD  Lisboa com
241 CGD  Lisboa com
242 CGD  Lisboa com
243 CGD  Lisboa com
244 CGD  Lisboa com
245 CGD  Lisboa com
246 CGD  Lisboa com
247 CGD  Lisboa com
248 CGD  Lisboa com
249 CGD  Lisboa com
250 CGD  Lisboa com
251 CGD  Lisboa com
252 CGD  Lisboa com
253 CGD  Lisboa com
254 CGD  Lisboa com
255 CGD  Lisboa com
256 CGD  Lisboa com
257 CGD  Lisboa com
258 CGD  Lisboa com
259 CGD  Lisboa com
260 CGD  Lisboa com
261 CGD  Lisboa com
262 CGD  Lisboa com
263 CGD  Lisboa com
264 CGD  Lisboa com
265 Torres Novas Torres Novas sem
266 Torres Novas Torres Novas sem
267 Torres Novas Torres Novas sem
268 Torres Novas Torres Novas sem
269 Torres Novas Torres Novas sem
270 Torres Novas Torres Novas sem
271 Torres Novas Torres Novas sem
272 Torres Novas Torres Novas sem
273 Torres Novas Torres Novas sem
274 Torres Novas Torres Novas sem
275 Torres Novas Torres Novas sem
276 Torres Novas Torres Novas sem
277 Torres Novas Torres Novas sem
278 Torres Novas Torres Novas sem
279 Torres Novas Torres Novas sem
280 Torres Novas Torres Novas sem
281 Torres Novas Torres Novas sem
282 Torres Novas Torres Novas sem
283 Torres Novas Torres Novas sem
284 Torres Novas Torres Novas sem
285 Torres Novas Torres Novas sem
286 Torres Novas Torres Novas sem
287 Torres Novas Torres Novas sem
288 Torres Novas Torres Novas sem
289 Torres Novas Torres Novas sem
290 Torres Novas Torres Novas sem
291 Torres Novas Torres Novas sem
292 Torres Novas Torres Novas sem
293 Torres Novas Torres Novas sem
294 Torres Novas Torres Novas sem
295 Torres Novas Torres Novas sem
296 Torres Novas Torres Novas sem
297 Torres Novas Torres Novas sem
298 Torres Novas Torres Novas sem
299 Torres Novas Torres Novas sem
300 Torres Novas Torres Novas sem
301 Torres Novas Torres Novas sem
302 Torres Novas Torres Novas sem
303 Torres Novas Torres Novas sem
304 Torres Novas Torres Novas sem
305 Torres Novas Torres Novas sem
306 Torres Novas Torres Novas sem
307 Torres Novas Torres Novas sem
308 Torres Novas Torres Novas sem
309 Torres Novas Torres Novas sem
310 Torres Novas Torres Novas sem
311 Torres Novas Torres Novas sem
312 António Cardoso Oliveira do Bairro sem
313 Carla Alexandra Castanheira Vila das Aves sem
314 Miguel Angelo Correia Costa Sº João da Madeira sem
315 Odete Conceição Correia Sº João da Madeira sem
316 Paulo Correia da Costa Sº João da Madeira sem
317 Antonio Matos Lisboa sem
318 Herberto Ribeiro de Andrade Almada sem
319 Helena Nunes de Palma Srn sem
320 Elsa Carolina Palma Sobral Srn sem
321 Maria da Luz Loureiro Sobral Srn sem
322 Mariana Paiva Srn sem
323 José Pereira Castro de Aire sem
324 Helena Matos Srn sem
325 Paulo Matos Srn sem
326 Carla Rodrigues Srn sem
327 Manuel Rodrigues Srn sem
328 Julio Alberto Pascola Roseta Amadora sem
329 Tania Catarina Ascenção Teodosio Amadora sem
330 Bruno José Ferreira Lopes Srn sem
331 Sergio Renato Ferreira Viseu com
332 Dina Maria Pereira Fernandes Viseu com

 

 

  

 

Penso

Penso - União de Freguesias de Penso e Freixinho

É aqui que chega o Ribeira de Guímar, proveniente da Serra da Lapa, dividindo a povoação enquanto caminha para o Távora. A fonte de duas bicas, ponto de paragem obrigatória para recolha do precioso líquido, nunca seca. Em qualquer época do ano jorra água em força para o tanque adjacente. Diz Vasco Moreira que Penso é terra antiga por onde terá passado uma via romana que de Lamego seguia até Almeida. Os tempos modernos trouxeram uma via em asfalto e com ela o consequente aumento de tráfego. De qualquer forma, não se desfez o triângulo com o vértice no monte e a base no vale e a companhia amiga da Serra da Borralheira. A Igreja Matriz, dedicada a S. Sebastião, é o “ex-libris” da aldeia. No interior encontra-se uma pia de água benta do século XV, provavelmente trazida de outro local. A janela manuelina por detrás do fontanário é outro exemplo de requinte construtivo. Penso tornou-se conhecida pela azenha e pelo alambique da família Aquino, que se deslocou da margem do rio aquando da construção da Barragem de Vilar.

 


A-de-Barros

A-de-Barros - União de Freguesias de Penso e Freixinho

A-de-Barros, vizinha da estrada nacional 226, situa-se a um quilómetro da freguesia a que pertence: Penso. Impregnada no sopé dos montes que descem de Carregal, é uma localidade que data do século XIII. O bonito casario, sobranceiro ao Távora, partilha o pedaço de margem com a Casa de Adbarros ou Solar dos Noronhas. Consta que o solar simboliza a aliança antiga entre a realeza e o povo e que foi uma das mais ricas e nobres da Beira, ainda hoje reconhecida pela circunstância de ter sido hospedagem de D. Dinis. O lavrador, que era proprietário da casa, passou a fidalgo pelo facto de ter recebido distintamente o Rei Lavrador.

 

Informações Gerais

Coordenadas 40°55'16.9"N 7°32'08.9"W
População em 2011 230
Área 7.71 km²
Orago São Sebastião

 

Locais a Visitar

 
 
 
 

Freixinho

Freixinho - União de Freguesias de Penso e Freixinho

Freixinho é uma freguesia famosa pelas suas Cavacas, pelo bom vinho e pelo azeite de excelente qualidade. É outra das aldeias vizinhas do Távora que muito se alterou com a subida das águas depois da construção da barragem. A população, privada das melhores parcelas agrícolas e pomares, deslocou-se para o Monte Gordo, onde plantou videiras e oliveiras. Com a margem direita do rio mantém hoje uma relação cordial, onde construiu inclusive uma moderna zona de lazer e recreio, equipada para proporcionar tardes de diversão a toda a população e a quem visita a aldeia, principalmente por alturas do Verão. Aceder a esse local de recreio é hoje um convite a passear pela deslumbrante marginal que circunda a aldeia de Freixinho, com início no recuperado Forno Comunitário. Mas a história de Freixinho é a história do Recolhimento de Nossa Senhora do Carmo, hoje hotel rural. Fundado em 1704 por João de Gouveia Coutinho, escapou à devastação das invasões francesas, não resistindo, contudo, ao período conturbado de 1910, que levou à sua confiscação. As religiosas foram expulsas e com o desaparecimento do Recolhimento as classes humildes da freguesia perderam um importante auxílio para a sua vida educativa, religiosa e social. Entretanto, já as saborosas Cavacas de Freixinho tinham transposto os muros da cerca e granjeado admiradores pelo país. Essencialmente agrícola, Freixinho é uma aldeia onde a Igreja Matriz de S. Miguel Arcanjo, construída no século XVI, sobressai do conjunto do edificado. É constituída por duas capelas interiores: a de Nossa Senhora da Conceição (fundada pela família Cunha); e a de S. José (fundada pela família dos Soutos). Em cima da Ponte de Freixinho vale a pena parar e admirar a calmaria do Távora. Em tempos, o rio não foi tão pacífico e engoliu a Ponte do Pontigo, a única travessia que garantia a regularidade das trocas comerciais com a Freguesia de Penso. Ainda lá estão os arranques da ponte de um arco, com a sua pedra geometricamente aparelhada. A montante deste local, admira-se hoje uma das mais significativas obras do Concelho de Sernancelhe: o Açúde do Távora, espelho de água que será a âncora da estratégia de dinamização turísitica do Concelho e o novo fôlego para as aldeias ribeirinhas e a região.


Informações Gerais

Coordenadas 40°56'09.2"N 7°31'47.0"W
População em 2011 140
Área 5.81 km²
Orago São Miguel

 

Locais a Visitar

 
 
 
 

Vila da Ponte

Freguesia de Vila da Ponte

A freguesia conhecida como a Pérola do Távora deve o seu nome a uma antiga ponte de cantaria que ali existiu. Abrigada pelos montes da Borralheira e Gordo, a aldeia é conhecida também pelo bonito Santuário da Senhora das Necessidades e pelo aproveitamento que as suas gentes tiram do rio, principalmente a nível gastronómico. Os restaurantes da aldeia reservam grande espaço nos seus menus para os petiscos à base de peixinhos do rio. Ocupada pelos romanos, paróquia cristã durante a Idade Média, a Vila da Ponte ganhou o estatuto de Vila em 1661, tendo-lhe sido atribuída Câmara, Casa da Cadeia e Pelourinho. O facto levou ao aparecimento da fidalguia. Gouveias, Fonsecas, Rebelos, Almeidas, Leitões, Cardosos e Lucenas ergueram aqui as suas casas, das quais ainda se apreciam construções espaçosas e elegantes, ostentando nas fachadas os seus brasões. O Largo da Praça é o ex-libris da aldeia, evidenciando a importância administrativa de outrora. As invasões francesas marcaram muito Vila da Ponte. As tropas de Napoleão permaneceram aqui três meses, transformando a Igreja em depósito de munições de guerra. A vila perderia o seu estatuto em 1885, integrando definitivamente o concelho de Sernancelhe. Dento da povoação há várias capelinhas que espelham a devoção das gentes de Vila da Ponte. A de São Sebastião é uma das mais antigas e curiosas por ter na sineira lateral um santo de pedra. Cardia e São Roque são duas das quintas anexas de Vila da Ponte. Cardia é muito interessante por se situar em cima de uma enorme laje. A mesma laje que foi palco lendário de danças de feiticeiros e de piruetas de lobisomens. Vila da Ponte é hoje o cerne do projeto turístico delineado para o Rio Távora. Na margem direita do rio já nasceram o Largo de Festas e o Espaço de Jogos, sendo a freguesia muito procurada para veraneio. O espelho de água é hoje uma imagem de marca da Vila da Ponte, que aposta forte na canoagem e no acolhimento a provas de índole nacional.


Informações Gerais

Coordenadas 40°55'02.2"N 7°30'36.9"W
População em 2011 470
Área 12,71 km²
Orago Nossa Senhora das Necessidades

 

Locais a Visitar

 
 
 
 

Sernancelhe

 Vila de Sernancelhe

Varrida pelo vento de todos os lados, a Vila de Sernancelhe não esconde que se situa a 650 metros de altitude. No baixio é abraçada pelos rios Távora e Medreiro, que refrescam as margens, fertilizam os campos e irrigam as culturas. Nas encostas florescem quintas de pomares e vinhas, campos de batatas e milho… culturas que foram, em tempos, símbolo de um concelho farto e rico. Tão rico e diverso que a Vila acabaria por ter um passado grandioso, como se constata pelo número e proporções dos seus edifícios. A época medieval também marcou Sernancelhe, deixando na sua igreja e nas sepulturas antropormóficas que a circundam um cartão de visita para a eternidade. O ponto mais alto é o Monte Castelo. Foi por detrás da Porta do Sol que terão sido dados os primeiros passos para edificar um concelho que é anterior à fundação da nacionalidade. Depois de subirmos o escadario que conduz à Santinha, podemos olhar a esplêndida paisagem que desafia a linha do horizonte. Recriando um misto de vale e montanha, são os castanheiros que mais contribuem para o colorido da encosta do Monte da Senhora de Ao Pé da Cruz, a padroeira da Vila, com festa marcada para o três de maio. Com efeito, é também a partir do Monte Castelo que se desenha sobre a Vila um mapa de contornos bem definidos. O Adro, aglutinador de civilidade, foi a praça da vila até ao século XIX. Ao lado da Igreja, construída em finais do século XII, ergue-se na antiga Escola Primária o edifício da Biblioteca Municipal. Mais adiante, o Pelourinho, de alto fuste granítico, data de 1554 e é fronteiro à Casa da Câmara, da qual parece companheiro inseparável. O Museu Padre Cândido guarda hoje os vestígios arqueológicos que explicam esta terra, bem como a paramentaria religiosa pertença da Igreja de Sernancelhe. A Ordem de Malta, à qual se deve o período próspero do Concelho de Sernancelhe, exibe ainda a Casa onde durante anos notáveis freires e comendadores desenvolveram valorosas iniciativas em prol da comunidade. Recuperada para unidade hoteleira, a imponente mas sóbria habitação ostenta ainda o brasão onde se inscreve a data de 1611. Mais recente é o Auditório Municipal, o espaço onde têm lugar os acontecimentos culturais mais relevantes do concelho. Este edifício desempenhou ao longo dos anos muitas funções cívicas, sendo as mais relevantes as de Câmara Municipal e Registo Civil. A fidalguia deixou-nos exemplares como a Casa dos Condes da Lapa e Barões de Moçâmedes. O Solar dos Carvalhos, que desponta por detrás da Igreja, foi construído no século XVIII a partir dos materiais dominantes no concelho, como o granito, e encontra-se em admirável estado de conservação. Descendo pela rua Oliveira Serrão, que conduz ao actual edifício dos Paços do Concelho, pode apreciar um conjunto de habitações com um traça bem peculiar, hoje dedicadas essencialmente ao comércio tradicional. A rua é larga, ligeiramente inclinada, e leva-nos até à Escola de Trânsito, onde as crianças recebem os primeiros ensinamentos teóricos e práticos sobre prevenção rodoviária. Em frente, um portão de grandes proporções indicia que estamos a entrar no Centro de Artes, onde se situa também a Loja Interativa de Turismo. Mesmo ao lado surge o Centro Infantil, o edifício moderno onde funciona uma creche e um jardim infantil. Em plena Avenida das Tílias decorre grande parte da atividade comercial da Vila, amirando-se, no local onde exisitiu o antigo hospital, a moderna Unidade de Cuidados Continuados de Sernancelhe, edifício da Santa Casa da Misericórdia. Resguardadas pela frescura das copas de dezenas de árvores, podemos aceder a instituições como a Escola Profissional de Sernancelhe, o Centro de Saúde, a Central de Camionagem ou o Parque da Feira. Mais ao lado fica a Piscina Municipal e o campo de ténis. Continuando pela avenida principal da Vila chegamos à Ponte do Rio. Recebe-nos a Capela de Nossa Senhora dos Prazeres, que sobressai no fabuloso enquadramento paisagístico. Descemos até à margem do rio e, percorrendo alguns metros, deparamo-nos com a Fonte de Mergulho de arcatura geminada, datada do século XVII. “O sítio da Ponte do Rio é um lugar poético, que um dia haverá de tornar-se talvez espaço de ecomuseu, com represa lembrando lavadeiras, a capela setecentista de elegante alpendre, a fonte de mergulho, o moinho de água e a ponte do Medreiro mais abaixo”, escreve Alberto Correia, aludindo àquele local. Bem perto deste ponto, destaque para o Expo Salão Sernancelhe, um espaço de referência regional no que à promoção e valorização dos produtos e produtores locais diz respeito. Continuando junto à margem do pequeno riacho chegamos à Praça Padre João Rodrigues. Construída na década de 90 pela autarquia, presta uma singela homenagem ao ilustre sernancelhense que escreveu a primeira gramática de japonês. Ao lado surge o Pavilhão Municipal e a Escola E.B. 2,3. A Praça de Jacou, vila francesa com a qual Sernancelhe se geminou, simboliza a união entre dois povos diferentes na língua mas iguais no desejo de trocar experiências culturais. Por forma da Reorganização Administrativa do Território das freguesias, em 2013, alterou-se a designação da Freguesia, sendo hoje União de Freguesias de Sernancelhe e Sarzeda, incluindo as localidades de Ponte do Abade, Mosteiro e Seixo.

 


Ponte do Abade

Ponte do Abade - União de Freguesias de Sernancelhe e Sarzeda

Nesta povoação, anexa da freguesia de Sernancelhe, é a ponte românica que une e que separa tudo. Une a povoação e os habitantes, mas ergue uma fronteira administrativa que redunda na pertença a duas freguesias, dois concelhos, dois distritos, duas paróquias, dois bispados… tudo por causa do rio atravessar a aldeia, tudo por causa da ponte de dois arcos levantada sobre o Távora! Do património religioso consta a capela dedicada a Nossa Senhora do Amparo, uma construção recente, mas que é motivo de grande movimentação religiosa. Porque Ponte do Abade é atravessada por uma estrada nacional, cedo se transformou em albergaria. A aldeia ficaria conhecida pelo seu requinte gastronómico, como é o caso do bacalhau à Ponte do Abade, regado com azeite da região e acompanhado pelo estaladiço pão, cozido nas padarias da terra. As migas de bacalhau ou a sopa da pedra trazem à memória a arte culinária de muitos filhos desta povoação. Os peixinhos do rio em molho de escabeche, assim como as trutas pescadas no Távora, também constam da ementa local.

 


Mosteiro da Ribeira

Mosteiro da Ribeira - União de Freguesias de Sernancelhe e Sarzeda

Situado na margem direita do Távora, este povoado distribui-se pelo casario que nasceu à sombra do velho Mosteiro, construído no século XV, para frades de S. Francisco e que, no século seguinte, passou para freiras da mesma ordem religiosa. O Mosteiro é o símbolo da povoação e um dos mais belos exemplares da arquitetura religiosa do concelho de Sernancelhe, conhecido como “Terra de Mosteiros” devido ao número e importância das suas edificações. A igreja, recentemente recuperada, enriquece o conjunto e ostenta um belíssimo altar-mor de talha de finais do século XVII. O teto tem pinturas com monjas santas e outros santos populares. No interior da cerca do Mosteiro há uma série de pequenas capelas, uma fonte de água e um reservatório que permitia o abastecimento ao edifício e era usado para rega de culturas. Dizia Abade Vasco Moreira, no livro “Terras da Beira – Sernancelhe e Seu Algoz”, a propósito de Mosteiro da Ribeira: é um “Vale tão gracioso que só devia ser habitado, depois das monjas, pelos poetas”.

 

Informações Gerais

Coordenadas 40°53'50.5"N 7°29'44.7"W
População em 2011 1183
Área 23.56 km²
Orago Sr.ª de Ao Pé da Cruz

 

Locais a Visitar

 
 
 
 

 


Sarzeda

Sarzeda - União de Freguesias de Sernancelhe e Sarzeda

Irmãos no sofrimento, humildes no estilo de vida, os habitantes desta aldeia são hoje conhecidos pelo forte espírito comunitário que os une. Diz-se que o melhor que esta gente tem é que gosta de bem receber e, por isso, coloca na mesa pão, salpicão, presunto e vinho com fartura. Vencedora de vários concursos anuais de castanha, Sarzeda tira partido do solo ímpar que possui e faz da agricultura importante complemento económico. Subindo ao ponto mais alto, ao monte de Santa Bárbara (que protege das trovoadas), avistam-se os frondosos soutos, os palheiros nas eiras, as mimosas, os linhares e as vinhas. Este recinto, onde acontece festa rija, foi requalificado e ganhou a dignidade merecida, permitindo o culto e, em simultâneo, o lazer e o recreio das gentes da Sarzeda. Dentro da povoação, pode contemplar-se a capela de S. Sebastião e a Igreja Matriz, levantada no século XVII por influência da Ordem de Malta. Muito ligada aos ofícios, onde pontua a madeira, o mármore e o granito, Sarzeda guarda ainda alguns símbolos da antiguidade, como são os casos das sepulturas antropormóficas cavadas em rochedos no sítio dos Lameirões e no Pocelo.

 


Seixo

Seixo - União de Freguesias de Sernancelhe e Sarzeda

Fica desviada, para norte, alguns quilómetros da Sarzeda. A igreja matriz dedicada a Santa Maria Madalena, trasladada para lugar mais aprazível, merece uma visita. As gentes, tal como as de Sarzeda, são aguerridas mas hospitaleiras. O povinho tem ar meigo, a rusticidade é uma constante, assim como os enormes penedos que brotam da serra como cogumelos. Está equipada com espaços desportivos, culturais e a marca que mais distingue os habitantes do Seixo é o seu dinamismo.


Informações Gerais

Coordenadas 40°54'22.1"N 7°27'39.8"W
População em 2011 530
Área 21.06 km²
Orago: Sarzeda Santa Luzia
              Seixo St.ª M.ª Madalena

 

Locais a Visitar

 
 
 
 

Quintela

Freguesia de Quintela

A ação dos jesuítas foi determinante para a evolução de Quintela,  a que pertencem as localidades da Lapa, Quinta de Almarigo, Cando e Moinhos do Vouga. Localizada na encosta que desce da Lapa para a nascente do Rio Vouga, por entre pinheiros e pastos verdejantes, encontra-se o casario do povoado de Quintela. Muito exposta à erosão e às agruras dos temporais, a freguesia não tem solos ricos para a agricultura, mas, em compensação, detém pastos abundantes que ajudam no desenvolvimento da pecuária. O queijo é, de resto, uma importante fonte de receitas das famílias locais. Terra de gente trabalhadora e hospitaleira, Quintela é uma freguesia que não esconde a humildade das suas gentes. Habituada a tirar partido do que a terra dá, criou estilos de vida muito próprios que se refletem, por exemplo, nas casas tradicionais, construídas em blocos de granito. A ruralidade está ainda bem patente no facto de animais como o burro e a vaca serem fundamentais no amanho das terras de cultivo. A Igreja Matriz de S. João Baptista e a Capela da Irmandade das Almas são locais de visita obrigatória em Quintela, o povoado onde não se estranha a presença de rostos típicos da serra, envoltos em lenços negros, em sinal de luto permanente. São assim as “Terras do Demo”, onde os mais idosos vestem a mesma roupa no inverno e no verão e dizem, com sapiência, que “o que tapa o frio tapa o calor”.


Lapa

Lapa - Freguesia de Quintela

Localidade anexa da freguesia de Quintela, situa-se a cerca de mil metros de altitude e cresceu por entre serras enfraguadas e rigorosos nevões invernais. Terra pequena, de construções de granito enegrecido pelos ventos do Marão, é na Lapa que nasce o rio Vouga. A história desta localidade começa em 1493 com o aparecimento da imagem de Nossa Senhora debaixo de uma lapa. A lenda tomou proporções nacionais e, sem demoras, surgiram as primeiras construções naquele local. “Para abrigo da Imagem, e resguardo temporário de fiéis, principalmente no tempo de maior afluência deles, construiu-se um oratório e levantaram-se algumas barracas simples”, diz Abade Vasco Moreira, no livro “Sernancelhe e Seu Alfoz”. Alguns anos mais tarde, e já sob a orientação dos jesuítas, foi construída a atual Igreja, no exato local onde a Pastorinha Joana descobriu a imagem. O Colégio, onde gente ilustre como Aquilino Ribeiro estudou gramática, latim, lógica e moral começou a ser construído no fim do século XVI e é uma das obras maiores dos Jesuítas na Lapa, funcionando hoje como pousada do Santuário. Para delimitar os locais por onde chegavam os fiéis à povoação, foram erguidos quatro miradouros em lugares equidistantes da Igreja. Em 1740, e pouco antes de serem extintas as ordens religiosas e expulsos os jesuítas, a Lapa foi elevada à categoria de Vila. A Casa da Câmara e Cadeia e o Pelourinho simbolizam a importância administrativa da Lapa nesse período. Em 1885 perdeu o título, ingressando no concelho de Sernancelhe. A mítica “cidade” que os jesuítas criaram ainda perdura no tempo. Três grandes romarias ocorrem nesta localidade, sendo a maior a de 15 de agosto. Como herança, a Companhia de Jesus legou à povoação um extraordinário movimento de peregrinos, principalmente do Minho e das Beiras. E também a certeza que os devotos vêm à Lapa não apenas para pedirem a proteção de Nossa Senhora ou para pagarem tributo pelas graças concedidas, mas para apreciarem as iguarias locais, como são os casos do pão e do queijo de cabra.


Informações Gerais

Coordenadas 40°51'40.0"N 7°34'56.0"W
População em 2011 294
Área 12.77 km²
Orago São João Batista
  Sr.ª da Lapa

 

Locais a Visitar

. Igreja Matriz de S. João Baptista - Quintela
. Capela da Irmandade das Almas - Quintela
. Moinhos do Vouga - Quintela
. Santuário da Lapa: Igreja e Colégio - Lapa
. Pelourinho - Lapa
. Museu do Ex-Voto - Lapa
. Nascente do Rio Vouga
. Miradouros

Lamosa

Freguesia de Lamosa

A meio caminho entre as serras da Lapa e Nave, Lamosa rasga horizontes por entre os planaltos e conduz o nosso olhar para o Marão e para a Estrela. O frio característico do inverno faz-se sentir aqui em jeito cortante e implacável. As chuvas fazem transbordar a Ribeira de Lamosa, alagando propriedades e gerando lameiros verdejantes. Aliás, o seu nome deriva da palavra “lamas”, abundantes em redor do pequeno regato que banha o seu termo e de onde saem as saborosas trutas para colocar em calda de escabeche. O curso de água, que vai ter ao rio Paiva, é determinante para puxar as mós da família dos Moleiros. Dos três moinhos que o clã detinha, está ativo apenas um. A família ainda tentou ampliar o negócio com a construção do moinho de vento, mas este nunca chegou a funcionar em pleno. É no ponto mais alto da freguesia que se situa este do moinho de vento, requalificado para Centro Interpretativo da Bio-diversidade da Rede Natura de Lamosa. Deste projeto faz parte também a antiga Escola Primária, agora Centro Pedagógico da Rede Natura, onde os mais novos podem conhecer a especificidade natural deste território protegido, bem como as espécies da fauna e flora únicas na Europa. Bem perto, e de construção recente, ergue-se a Igreja Matriz, que substituiu a antiga (por ser demasiado pequena). O calvário aí colocado assinala a presença do cemitério. Ao lado, a povoação aproveita um largo da estrada para secar cereais, como se de uma laja comunitária se tratasse. A Fonte de Mergulho, o casario típico e as sepulturas antropomórficas encontradas no Verdogal advertem para a antiguidade da aldeia, reconhecida pela união das suas gentes e pela tenacidade de quem daqui parte para outras paragens.


Informações Gerais

Coordenadas 40°53'14.8"N 7°37'17.2"W
População em 2011 179
Área 19,01 km²
Orago Sr.ª dos Emigrantes

 

Locais a Visitar

. Centro Interpretativo da Rede Natura de Lamosa - Moinho de vento e Escola
. Igreja Matriz
. Sepulturas antropomórficas do Verdogal
. Ribeira de Lamosa - Percurso Pedestre 
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