Visita Ministro da Solidariedade e da Segurança Social recebido nos Paços do Concelho de Sernancelhe

Ministro da Solidariedade e da Segurança Social recebido nos Paços do Concelho de Sernancelhe

O Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, visitou, no dia 24 de agosto, o Concelho de Sernancelhe, tendo sido recebido nos Paços do Concelho de Sernancelhe por mais de duas centenas de pessoas. Do programa da visita constou ainda uma reunião de trabalho com os representantes das instituições sociais do Concelho e a participação na comemoração do 25º aniversário do Centro Social e Paroquial de Fonte Arcada.

No Salão Nobre do Município de Sernancelhe, o Presidente da Câmara deu as boas vindas ao governante e notou que "nenhuma outra visita faria tanto sentido como faz a de V. Exa., no contexto das particulares dificuldades do nosso País e da especificidade do Concelho de Sernancelhe, como terra do Interior com uma população frágil social e economicamente".

Lembrando que palavras como coesão e justiça social são "caras" neste Concelho, José Mário Cardoso defendeu o estabelecimento de "parceirismos, com respeito e confiança mutuas", bem como a urgência em "descentralizar competências em matéria social".

Descentralizar

"Há 23 anos que ouço esta palavra "mágica" descentralizar, sem que a consigamos por em prática. Acredito que só descentralizando se cria um clima de confiança, responsável e responsabilizador na resposta que temos de dar às populações que precisam de ajuda e de solidariedade, de forma eficiente e justa. Continuo a pensar e a defender que só descentralizando se optimizam recursos e se colocam ao serviço de quem mais precisa; o conhecimento do meio e das necessidades reais e a proximidade das populações aos municípios dão-lhes uma posição privilegiada para serem agentes sociais de alta confiança", explicou.

Ao Ministro da Solidariedade e da Segurança Social o autarca senancelhense deixou alguns exemplos de como é encarada a prática do social no Concelho. Lembrou o trabalho do CLDS (Contrato Local de Desenvolvimento Social), o apoio na Comparticipação de Medicamentos às pessoas idosas e o trabalho desenvolvido, desde 2005, pela Unidade Móvel de Saúde.

Elogios à rede de instituições sociais do Concelho

Realçou, depois, o papel cada vez mais preponderante da "rede de instituições sociais que no nosso Concelho muito nos honra e muito engrandece pelo trabalho executado: falamos do Centro Social e Paroquial de Carregal, Centro Social e Paroquial de Ferreirim, Centro Social e Paroquial de Fonte Arcada, Centro Social e Paroquial de Lamosa, Centro Social Nossa Senhora da Lapa e Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe".

Não deixou, ainda, de demonstrar preocupação com "algumas situações dramáticas em matéria de endividamento" vividas pelas instituições, fruto de investimentos que foram induzidas a fazer, dando o exemplo da Unidade de Cuidados Continuados, "projecto tão importante para o Concelho e para a Região e que obrigou a Santa Casa da Misericórdia de Sernancelhe a assumir todo o risco da sua construção e agora não se vislumbra nenhuma função para aquele espaço nem se conhece previsão de actividade".

Por isso, José Mário Cardoso avançou com uma solução: "O Estado, com as instituições sociais, e em estreita colaboração com a Autarquia, poderia "assumir uma relação de confiança, com responsabilidades partilhadas, para garantir a sustentabilidade e a solidariedade neste território e assim dar o contributo de Portugal tanto precisa".

Ministro apludiu respostas sociais do Concelho

O Ministro da Solidariedade e da Segurança Social, Pedro Mota Soares, não escondeu a sua satisfação por estar em Sernancelhe e recordou que "ter podido ver nascer o CLDS de Sernancelhe foi para nós muito importante. Era uma responsabilidade da Segurança Social, sabíamos da sua importância e portanto vir a este Concelho é saber que há um conjunto de respostas sociais que estão a ser dadas".

Cumprimentando os deputados Hélder Amaral (CDS/PP) e João Carlos Figueiredo (PSD), o Ministro, que tinha a seu lado Joaquim Seixas, Diretor do Centro Distrital de Segurança Social de Viseu, garantiu que "estamos a mudar o paradigma da resposta social no nosso País. É com ele que vamos conseguir dar a volta e devolver a esperança". Para isso, e embora reconhecesse "o momento de dificuldades e de crise financeira e económica que se reflete do ponto de vista social", reconheceu que "o Estado por si só não consegue dar resposta social; temos de escolher um novo modelo de resposta social que passe pelas instituições, já que são essenciais, são quem dá a primeira resposta, graças à proximidade com as pessoas", explicou o Ministro.

Pedro Mota Soares retomou o conceito de descentralização evocado pelo Presidente da Câmara para garantir que "a verdadeira descentralização"passa por "parcerias com as instituições". Acusando que "anteriores governos olharam para as instituições com desconfiança, com sobranceria", o Ministro defende a criação de uma "verdadeira coligação social que congregue também as câmaras e as juntas de freguesia".

630 milhões de euros para as instituições sociais

A par da união de esforços das instituições, Pedro Mota Soares garantiu que o Orçamento de Estado "não esquece o social". "A verba destinada às famílias e às instituições foi aumentada em 16 por cento e o programa de emergência social tem uma dotação de 630 milhões de euros", precisamente para as instituições, para o desempenho do seu papel social, mas também porque são grandes empregadores e dinamizadores locais.

Referiu-se ainda à linha de crédito de 150 milhões de euros, também destinada às instituições, em boa parte àquelas que "foram incentivadas pelo programa Pares e POPH e que hoje têm uma enorme dificuldade de pagar essa fatura", explicou Mota Soares, que terminou a sua intervenção com uma mensagem de estímulo e de confiança "nos portugueses para ultrapassarmos este momento difícil".

Terminada a sessão no Salão Nobre, o Gabinete do Presidente da Câmara recebeu a reunião de trabalho concedida pelo Ministro da Solidariedade e da Segurança Social aos responsáveis das instituições sociais do Concelho. Ladeado pelo sernancelhense Joaquim Seixas, Director do Centro Distrital da Segurança Social de Viseu, e pelo Presidente da Câmara Municipal, o Ministro ouvir o Provedor da Santa Casa da Misericórdia, o Presidente do Centro Social Senhora da Lapa, o Presidente do Âmbula – Associação de Funcionários da Câmara Municipal de Sernancelhe, o Presidente do Centro Social e Paroquial de Ferreirim e Fonte Arcada, o Presidente do Centro Social e Paroquial de Carregal e também o Presidente do Centro Social e Paroquial de Lamosa.

A visita do governante pelo concelho de Sernancelhe prosseguiu depois para Fonte Arcada, onde cumpriu o programa das comemorações dos 25 anos do Centro Social e Paroquial daquela localidade.

 


 

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