quarta-feira, 13 janeiro 2010 17:02

Granjal

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Granjal

Freguesia de Granjal

Granjal deve a sua origem à Ordem de Malta. É uma das aldeias mais verdejantes do concelho, escondendo-se o seu casario por entre pinheiros e castanheiros, alguns velhos de séculos. O povoado cresce agora encosta acima, ajoelhando-se aos pés da ermida de Nossa Senhora da Aparecida. Graças à sua água de montanha, à frescura e ao parque de merendas é um dos locais mais requintados da aldeia. Considerado um miradouros natural de grande interesse, é a partir deste ponto que se vê a sede do concelho, as aldeias vizinhas e, em dias mais claros, o castelo de Penedono. Envolta pelas serras da Borralheira e Lapa, Granjal começou por ser uma granja (conjunto de dependências de uma propriedade agrícola). A riqueza do seu solo, principalmente na Lameira de Arados, transforma esta terra numa das mais produtivas do concelho. A Ribeira de Guímar ou de Arados, que nasce em pleno coração da serra da Lapa, vai irrigando as pequenas parcelas à sua passagem, sendo responsável pela qualidade excepcional das culturas. Terra de ferreiros, muito requisitados pelas suas habilidades na arte de ferrar os cavalos e burros, Granjal continua uma aldeia essencialmente agrícola. Apenas no século XIV se constituiu como freguesia, guardando muitos exemplos da convivência da ruralidade com os senhores da terra. Almeidas, Mendonças, Amarais, Rochas e Pessanhas eram algumas das famílias importantes de Granjal. Do seu património destacam-se a Igreja Matriz e a graciosa Capela de S. Miguel, com brasão na verga da porta principal. Ao lado, ergue-se a casa dos Cardosos, uma construção do século XIX, soalheira e imponente, que define um estilo de vida de uma família rica de gosto requintado. Habitação idêntica no estilo situa-se bem no centro da povoação. Ao lado sobressai o cruzeiro do Largo do Soito, datado de 1736, que prende pela sua elegância. No Cabo do Lugar, o bairro de construções tipicamente rurais, aprecia-se ainda a pequena Capela de Santo António, aberta em dias de procissão na aldeia. Do Cabo do Lugar, passando pela Quinta de Arrossaio até ao Paúl, em tempos laje comunitária onde a população secava e malhava os cereais, segue-se hoje por uma ligação larga e confortável em cubos de granito. 

Ler 15552 vezes Modificado em quinta-feira, 24 março 2016 17:27

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