Produtores de castanha do Concelho visitam unidade de transformação e souto em Bragança
Mais de meia centena de produtores de castanha do Concelho de Sernancelhe visitaram a unidade de transformação e o souto da Sortegel, em Bragança, no dia 28 de maio, no âmbito do Protocolo celebrado pelo Município e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, de Vila real.
Recebidos durante a manhã pelo Engº Vasco Veiga, Administrador da Sortegel, tiveram a oportunidade de conhecer todo o processo de transformação da castanha, as etapas a que é sujeito este fruto para chegar ao mercado e os novos desafios de um setor que representa, em termos de exportações, uma receita anual para o nosso País de 17,5 milhões de euros.
A visita guiada à fábrica permitiu a todos os produtores do Concelho de Sernancelhe perceberem que a castanha é um fruto que permite uma multiplicidade de utilizações e que para ser transformado exige custos elevados, depois de um exigente processo de preparação que passa pela calibragem, esterilização, pela redução da humidade interna, pelo frio, pela embalagem e pela entrega, tanto no mercado interno como para a exportação. No caso da Sortegel, até a casca da castanha é aproveitada pela produção de energia que alimenta a fábrica.
Reconhecendo que o comércio da castanha em fresco é ainda o grande mercado da castanha, Vasco Veiga explicou que, nesta altura do ano, a fábrica executa a descasca da castanha que é o subproduto da época anterior, destinando-se à indústria.
A parte da tarde foi dedicada à visita ao souto de cerca de cem hectares propriedade da Sortegel. Tratando-se de um empresa de referência no setor, tem neste seu souto um dos significativos fornecedores de castanha da unidade, sendo que é visível o esforço desenvolvido pela empresa e pelos seus técnicos para introduzir novas técnicas de combate a doenças como a tinta e o cancro, cujos efeitos são já muito visíveis na região transmontana.
Para os produtores do Concelho de Sernancelhe a visita foi encarada como uma oportunidade de analisarem todo o processo associado à castanha, nomeadamente desde que é apanhada até que é encaminhada para o mercado e também de perceberem a importância do Protocolo, assinado no dia 3 de maio de 2012, com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) no valor de 44.609 Euros, como forma de garantir que as novas técnicas são determinantes para a qualidade e a saúde dos soutos da nossa variedade martainha.
