SANTUÁRIO DA LAPA RETOMOU AS ROMARIAS

SANTUÁRIO DA LAPA RETOMOU AS ROMARIAS. MILHARES DE PESSOAS ASSISTIRAM ÀS CELEBRAÇÕES NO DIA 10 DE JUNHO

Depois de três longos anos de paragem por causa da Pandemia da Covid-19, o Santuário de Nossa Senhora da Lapa retomou as peregrinações que fazem parte do seu calendário anual. A primeira romaria do ano foi o 10 de junho, que trouxe milhares de pessoas à Lapa, juntou mais de 30 grupos em peregrinação e promoveu uma procissão que manteve o sentido religioso e de devoção que define este importante Santuário. A cerimónia religiosa foi presidida pelo Bispo da Diocese de Lamego, D. António Couto, que centrou a homilia nos conflitos mundiais, na urgência na paz e na valorização da vida humana.

O Planalto da Serra da Lapa acordou cedo para preparar a primeira romaria do ano. De todos os lados, e seguindo a tradição de se encontrarem nos miradouros, chegaram grupos de pessoas, com bandeiras das mais diversas freguesias e concelhos da região, que seguiram em procissão até ao espaço frontal à Igreja. Seria deste ponto que sairia a procissão com as imagens do Menino Jesus da Lapa e de Nossa Senhora da Lapa, organizada pelo Reitor Joaquim Dionísio, e que contou com a colaboração dos Escuteiros da Europa, do Grupo Eu Peregrino e de várias associações e entidades que dedicam a sua ação à Nossa Senhora da Lapa.

Como é tradição o recinto da missa campal, junto ao Miradouro, encheu-se de peregrinos para ouvirem a homilia. Joaquim Dionísio, Reitor do Santuário, lembrou o tempo em que a Lapa não foi celebrada por causa da Pandemia e rezou por todos quantos perderam a vida por causa da covid, pedindo à Senhora da Lapa que interceda pelo fim da guerra na Ucrânia. Agradeceu a presença do Bispo de Lamego, do Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, Carlos Santos, do Presidente da Junta de Freguesia de Quintela, Luís Carlos Santos, e para todos os peregrinos que vieram hoje ao Santuário da Lapa.

O Bispo de Lamego, D. António Couto lembrou igualmente o conflito da Ucrânia e referiu que “as guerras que atravessaram a humanidade já mataram 3 biliões e 800 milhões de pessoas”. Neste momento, disse, é importante que “quem demanda a Lapa faça também essa reflexão”, exaltando que todos cultivem a vida, a felicidade e a paz.

D. António falou ainda de um tempo de “encruzilhadas”, com uma pandemia e uma guerra que nos afeta fortemente. E questionou: “O que se passa com as nossas ideias, com os nossos pensamentos? Escolher a vida é fundamental”, terminou.


 

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