«Deus Providenciará» é o nome do filme que o realizador Luís Porto está a gravar em Sernancelhe para concorrer ao Festival de Cannes

«Deus Providenciará» é o nome do filme que o realizador Luís Porto está a gravar em Sernancelhe para concorrer ao Festival de Cannes

"Deus providenciará", curta-metragem do jovem realizador Luís Porto, produzida pela Frame Productions, está ser rodada no Concelho de Sernancelhe até dia 26 de janeiro. Com o objetivo de concorrer a festivais internacionais, nomeadamente a Cannes, as gravações decorrem na Lapa, no Carregal e no monte de Nossa Senhora de Ao Pé da Cruz, na Vila de Sernancelhe.

A história passa-se em 1985 e centra-se na personagem Maria (Isabel Abreu), uma mulher de fortes convições morais e religiosas, que repentinamente, vê todas as suas crenças questionadas quando fica "grávida fruto de uma violação".

Maria (Isabel Abreu), médico (Jaime Monsanto), padre (Pedro Manana) e radialista (António Durães) são os quatro personagens da curta-metragem, "um trabalho de grande qualidade técnica" que pretende "entrar nos circuitos internacionais de cinema, nomeadamente em Cannes, e tentaremos divulgá-la também nos cinemas portugueses", explicou Luís Porto.

O realizador revelou que a escolha de Sernancelhe para rodar esta curta foi um "acaso" que viria a revelar-se ideal "pelos cenários paisagísticos lindíssimos e pela forma como as pessoas nos receberam". As filmagem vão decorrer também em Agra de São João, Caminha.

Tendo como figurantes pessoas do Concelho de Sernancelhe, a curta é uma viagem pela história do interior de Portugal. Momentos como a missa na Igreja do Santuário da Lapa, o jogo da malha na escola primária do Carregal ou o espaço bucólico de uma casa rústica da Serra do Pereiro, são reveladores de Sernancelhe e da sua especificidade cultural.

Decidido a "fazer mais cinema no Norte do País", Luís Porto conta com uma equipa de duas dezenas de pessoas. Isabel Abreu, que interpreta a personagem Maria, é a atriz mais conhecida do elenco, tendo participado em séries televisivas, teatro e cinema. Falou-nos desta sua participação e revelou ter encontrado em Sernancelhe "a genuinidade das pessoas, a nossa identidade. Não devemos ter vergonha da nossa cultura, do nosso interior". Por isso, explicou, "esta curta-metragem aborda um tema sensível, delicado e procura fazer um retrato verosímil de uma realidade transversal a todo o País na década de 80 do século XX português, e que poderia acontecer nos dias de hoje".


 

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