O centro histórico de Sernancelhe

O centro histórico

Varrida pelo vento de todos os lados, que seca as terras e os montes, a Vila de Sernancelhe não esconde que se situa a 650 metros de altitude. No baixio é abraçada pelos rios Távora e Medreiro, que refrescam as margens, fertilizam os campos e irrigam as culturas. Nas encostas florescem quintas de pomares e vinhas, campos de batatas e milho... castanheiros, culturas que foram, em tempos, símbolo de um concelho farto e rico. Tão rico e diverso que a Vila acabaria por ter um passado grandioso, como se constata pelo número e proporções dos seus edifícios. A época medieval marcou Sernancelhe, deixando na sua igreja e nas sepulturas antropomórficas que a circundam um cartão-de-visita para a eternidade.

Por detrás da Porta do Sol, no Monte Castelo, foram dados os primeiros passos para edificar um concelho que é anterior à fundação da nacionalidade. Depois de subirmos o escadario de construção recente que conduz à Santinha, podemos admirar a esplêndida paisagem que desafia a linha do horizonte. O Adro, aglutinador de civilidade, foi a praça da vila até ao século XIX. Ao lado da Igreja, construída em finais do século XII, ergue-se na antiga Escola Primária, atual Biblioteca Municipal. Ao lado pontua o Museu Padre Cândido, espaço que exibe arte sacra, paramentaria e diversos exemplares da história e cultura de Sernancelhe. Mais adiante, o Pelourinho, de alto fuste granítico, data de 1554 e é fronteiro à Casa da Câmara, da qual parece companheiro inseparável. A Ordem de Malta, à qual se deve o período próspero do Concelho de Sernancelhe, exibe ainda a Casa onde durante anos notáveis freires e comendadores desenvolveram valorosas iniciativas em prol da comunidade. A fidalguia deixou-nos exemplares como a Casa dos Condes da Lapa e Barões de Moçâmedes. O Solar dos Carvalhos, que desponta por detrás da Igreja, foi construído no século XVIII.


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