FOTOGRAFIA
OLAVO AZEVEDO
FORMAS E CONTRASTES
Olavo Azevedo é natural e residente em Sernancelhe, autodidacta e a fotografia representa há muito um desafio e uma paixão onde é privilegiada particularmente a arquitectura e o preto e branco.
Ao fotografar perante um cenário que nos prende a atenção, ficamos frequentemente indecisos sobre a melhor forma de o fazer: da lente a utilizar, da melhor luz que permita realçar o cenário, do conteúdo, dos elementos a enquadrar e também do resultado que se pretende obter durante o pós-processamento.
A apresentação em monocromático para além de tentar tirar vantagem do poder do design gráfico não é uma consequência do material usado, mas sim uma opção estética intencional, sendo as melhores fotografias conseguidas aquelas em que mentalmente se antecipou o resultado final pretendido.
Pensar e idealizar em monocromático faz parte do trabalho mesmo muito antes de se fazer a tomada de vista, sendo mesmo imprescindível que assim seja.
Ao ser retirada a cor na conversão monocromática o impacto da fotografia passa a ser representado pelo nível de contrastes apresentados na imagem, pelos espaços positivo e negativo, pelas formas, pelas linhas, pela perspectiva, pelo formalismo da composição, pelos padrões e simetrias, pelos gradientes de tons de cinza e particularmente pela luz existente seja original, seja criada no pós-processamento de maneira a que sejam reforçados na fotografia de alto contraste os extremos entre as zonas iluminadas e escuras.
Através da luz, os trabalhos apresentados pretendem prestar uma homenagem à esperança