Sernancelhe recebeu ação de sensibilização sobre a vespa das galhas do castanheiro
O Município de Sernancelhe e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, no âmbito do Protocolo celebrado entre as duas entidades, organizaram, no dia 3 de julho, no Auditório Municipal, uma sessão informativa sobre a vespa das galhas do castanheiro, tendo como objetivo sensibilizar os produtores para esta ameaça à cultura do castanheiro.
A ação, da responsabilidade dos técnicos do Ministério da Agricultura e do Mar, através da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Norte, procurou elucidar os produtores de castanha do Concelho para as medidas de controlo da doença por forma a salvaguardar a saúde dos soutos.
A propósito desta nova ameaça à castanha e ao castanheiro, que apesar de ter sido já detetada no nosso país ainda não foi confirmada na nossa região, a Direção Geral de Alimentação e Veterinária emitiu, em 16 de junho deste ano, a circular n.º 18/2014, em que explica o que é e como evitar o contágio e a propagação da vespa do castanheiro:
"A vespa das galhas do castanheiro, nome vulgar por que e conhecida a espécie Dryocosmus kuriphilus é considerada uma das pragas mais prejudiciais para a cultura do castanheiro, causando, em situações de infestações graves, o declínio e morte de castanheiros e consequentemente perdas importantes na produção de castanha.
Na União Europeia este inseto foi assinalado pela primeira vez em 2002 em Itália e posteriormente em Franca, Eslovénia, Republica Checa, Eslováquia, Croácia e em Espanha (Catalunha, Andaluzia, Castela-Lego e Málaga). A falta de meios eficazes para o seu controlo foi determinante na dispersão cada vez maior deste inseto por diversos territórios da União, que se dispersa quer via natural quer através do movimento de plantas infestadas.
Recentemente foi confirmado o primeiro foco da vespa das galhas do castanheiro no nosso Pais, em soutos no concelho de Barcelos, tendo os serviços de inspeção fitossanitária oficiais iniciado uma prospeção para delimitar a zona infestada e estabelecido um conjunto de medidas tendo em vista evitar a dispersão do inseto no país e que incluem:
• Reforço das inspeções nos produtores de material de propagação (viveiristas) em todo o território nacional e regiões autónomas.
• Proibição de circulação de plantas do género Castanea spp para fora da zona delimitada estabelecida a partir da zona infestada. Face à importância económica e ambiental que o castanheiro tem no nosso país, é fundamental conter o inseto e limitar a sua dispersão, para isso, e importante:
• A comunicação imediata aos serviços fitossanitários das DRAP, do ICNF ou da DGAV, do surgimento de sintomas suspeitos da presença desta praga, formação de galhas nas folhas e ramos das plantas de castanheiro.
• No ser movimentado material vegetal suspeito.
•Aquisição exclusiva de plantas de Costanea que esteja acompanhado de Passaporte Fitossanitário.
• Observação cuidada das plantas adquiridas ou já existentes nos locais de produção.
0 Diretor- Geral
Alvaro Pegado Mendonga"
