Macieira organizou Caminhada na Rota dos Encantos da Zebreira

Macieira organizou Caminhada na Rota dos Encantos da Zebreira

A aldeia de Macieira, pertencente à União de Freguesias de Ferreirim e Macieira, Concelho de Sernancelhe, organizou, no dia 18 de maio, a primeira caminhada "Na Rota dos Encantos da Zebreira", percurso com a extensão de aproximadamente dez quilómetros, todo ele a mais de 800 metros de altitude.

Coincidindo com o mês do coração, a iniciativa, organizada com o apoio da União de Freguesias e patrocínio da Padaria Espiga Aromática, de Ferreirim, contou com mais de centena e meia de participantes e pretendeu sensibilizar para a prática desportiva em contacto com a natureza, bem como para a importância de manter hábitos de caminhar de forma regular.

A caminhada pelo coração teve ainda como objetivo fomentar o convívio entre toda a população, que aderiu de forma empenhada, tendo inclusive sido responsável pelo almoço convívio e pelo momento de descontração em que se transformou esta iniciativa.

Tendo como objetivo partir deste ponto à descoberta da Zebreira, os participantes ouviram o Presidente da União de Freguesias de Ferreirim e Macieira, Jaime Ferreira, agradecer ao povo de Macieira pela iniciativa, a todos quantos se empenharam na sua concretização, à Escola Profissional de Sernancelhe, ao Município de Sernancelhe, à padaria de Ferreirim, ao Sr. Joaquim Leitão, da carpintaria de Ferreirim, aos Bombeiros Voluntários de Sernancelhe e à Banda Musical de Ferreirim.

A viagem prometida a todos os participantes começou logo depois. Tendo como guia o Dr. José Maria Caria, um macieirense de gema, mentor da caminhada e da escolha do trilho, e responsável também por vários textos inseridos nos painéis colocados ao longo do percurso, brindou os caminhantes com extraordinárias explicações sobre a Serra da Zebreira, o Rio Vidual, a Fauna e a Flora e a aldeia de Macieira.

Numa manhã quente, com uma brisa ligeira, os pedestrianistas seguiram encosta acima, por entre muros de pedras dispostas ao alto, até ao estradão florestal da Quinta da Ribeirada. Atravessaram logo à frente a estrada municipal em direção ao caminho no sopé da Zebreira, sempre envoltos, à direita, pela paisagem austera do granito enegrecido pelos ventos do Marão e, à esquerda, pelas longas tapadas que em tempo foram terra de centeio.

Sensivelmente quilómetro e meio adiante, por entre elevações de pedras desconjuntadas, avistou-se o castelo de Penedono e, lá no fundo, para lá da Quinta das Ribas, a Freguesia de Castainço. Voltamos, contudo, à esquerda, em direção à aldeia de Macieira. Passamos pelo caminho da Costa, atravessamos um souto jovem, e começamos a descer a encosta pedregosa, escorregadia, tecnicamente difícil, até chegarmos à ponte do Ribeiro do Vidual. Envolveu-nos a vegetação típica de zona de água, com muitos amieiros, e também o barulho da água a escorrer por entre as pedras, caminhando, apressadamente, para o Távora.

À nossa esquerda admirámos a água represada pela enorme presa do Vidual, denunciando a sua função de rega, tanto das hortas e linhares adjacentes como dos lameiros que escorrem para Riodades.

Pouco tempo depois chegámos à aldeia. Por entre ruas apertadas, íngremes, moldadas a granito amarelo de Macieira, alcançámos o bonito Solar do Século XVIII, com Capela dedicada a S. Domingos, onde o proprietário, Dr. Rui Ataíde, nos acolheu e a todos franqueou as portas para uma visita mais demorada.

De regresso à antiga Escola Primária, tempo para o almoço e para partilharmos o que os participantes trouxeram. Foi um dia simplesmente memorável, protagonizado por uma comunidade pequena no tamanho mas muito grande na vontade em mostrar o que tem de melhor e o que define a sua identidade como povo.


 

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