Feira Aquiliniana

Feira Aquiliniana regressou ao Santuário de Nossa da Lapa

O Santuário da Lapa, em Sernancelhe, voltou a receber, nos dias 27, 28 e 29 de maio, a Feira Aquiliniana, evento que recria a época do fim do século XIX, tal como contada nos livros de Aquilino Ribeiro.

A Lapa e Aquilino Ribeiro são duas marcas incontornáveis de Sernancelhe. Com mais de cinco séculos, a Lapa é reconhecida como um dos principais centros de romagem em Portugal, mantendo até hoje um sentido religioso notável; Aquilino é um dos mais reconhecidos escritores portugueses do século XX, que mereceu honras de Panteão Nacional, em 2007. E foi na Lapa que o Município de Sernancelhe recriou, com rigor histórico e etnográfico, as romarias da Lapa do tempo de Aquilino Ribeiro, proporcionando aos milhares de visitantes um “regresso” ao passado, uma “viagem” pela identidade das nossas terras e das nossas gentes.

O evento teve o seu ponto de partida no dia 27 de maio, precisamente a data que marcou o falecimento de Aquilino Ribeiro, em 1963, há precisamente 59 anos. Em jeito de homenagem, o Município apresentou o livro “O Colégio Jesuíta de Nossa Senhora da Lapa – uma perspetiva histórica, atropológico-cultural, literária e educativo-formativa, a partir de alguma obras de referência de Aquilino Ribeiro”, da autoria de Fernando Paulo Batista, e que contou com intervenções de Joaquim Dionísio, Reitor do Santuário, Luís Santos, Presidente da Junta de Freguesia de Quintela, Armando Mateus, Vereador da Cultura do Município de Sernancelhe e António Oliveira Cruz, Fundador e Presidente do Instituto Piaget.

Assumindo o objetivo cimeiro de ser um tributo a Mestre Aquilino e à Lapa, o certame decorreu no terreiro do Santuário, envolto pelo conjunto patrimonial constituído pela Igreja, Colégio, Pelourinho, Casa da Câmara e o casario tradicional daquela pequena comunidade pertencente à Freguesia de Quintela, Sernancelhe, enaltecendo a vertente religiosa sempre presente na Lapa, a fé e a lenda que comprovam os mais de 500 anos de história de uma localidade criada pelos Jesuítas.

A Feira contou com representações cénicas dos hábitos e costumes tradicionais por grupos etnográficos e de teatro, animação de rua e dramatização de excertos das obras de Aquilino Ribeiro, atuações de ranchos folclóricos e grupos de concertinas e fado à desgarrada e uma mostra permanente de artesanato e de produtos regionais, sempre enquadrados no ambiente que recria a Lapa de finais do século XIX, início do século XX.


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