Sob a presidência de Joaquim Dionísio, que também é Reitor do Santuário de Nossa Senhora da Lapa, e Direção Técnica de João Paulo Lacerda, o Centro Social e Paroquial de Lamosa acolhe, neste momento, 34 utentes, de Sernancelhe e de vários concelhos limítrofes. 21 funcionários garantem a qualidade e conforto a todos os utentes, continuando a promover a diferenciação do Lar de Lamosa como instituição moderna e que proporciona todas as condições a quem ali reside.
E foram precisamente essas qualidades que foram enaltecidas por Joaquim Dionísio, por Francisco Santos, Presidente da Junta de Freguesia de Lamosa, pelo Presidente da Câmara Municipal de Sernancelhe, Carlos Silva, e pelo Vigário-Geral da Diocese de Lamego, Joaquim Dias Rebelo. Enaltecendo o passado da instituição como forma de explicar o presente e perspetivar o futuro, foram unânimes em considerar que o Centro Social e Paroquial de Lamosa continuará a ser uma instituição muito importante na resposta social à população, como aliás demonstrou no contexto difícil e exigente da Pandemia da Covid-19.
Depois das intervenções, a cerimónia decorreu no exterior, onde a escultura de granito foi inaugurada pelos convidados e por uma pessoa especial: o Sr. Isaac, utente do Lar com 101 anos. Coube, de seguida, a Paulo Albino, a explicação do sentido artístico da escultura e do simbolismo que transmite a quem a contemplar. No final, o Pe. Alves Amorim contou os parabéns à Instituição e brindou-se ao sucesso de uma instituição que promete continuar empenhada na missão social que esteve na sua origem.
UMA HISTÓRIA COM 30 ANOS
Em 19 de março de 1992 foi inaugurado o primeiro Centro de Dia de Lamosa, que funcionou nas instalações da Casa do Povo, cedidas pela Junta de Freguesia. A ideia surgiu da constatação de que na aldeia “havia muita gente idosa e sem apoio”, fruto da emigração dos filhos para vários destinos da Europa.
Estiveram ligados ao processo, desde o início, Aníbal Oliveira, o Presidente da Junta de Lamosa, Abraão Figueiredo, o Vice-presidente Diamantino Frias e o Sr. Padre Lucas (na altura pároco de Lamosa) e, mais tarde, o Padre Amorim.
Dada a exiguidade e falta de condições da então Casa do Povo, os lamosenses empenharam-se para conseguir as verbas necessárias para a construção de um novo lar. A obra ficaria marcada pela enorme adesão dos populares e da comunidade espalhada pelo país, como noticiou o Jornal de Notícias daquela época. Em Lisboa, no teatro Maria Matos, foi organizado um espetáculo de angariação de fundos, que envolveu a Câmara de Lisboa, a Rádio Renascença e artistas como Paulo Gonzo, Carlos Vidal (Avô Cantigas), os Onda Choque, entre outros, que atuaram gratuitamente em favor da causa do novo Lar de Lamosa;
O custo total do novo lar foi de 63 mil contos (126 mil euros). O maior contributo veio de donativos (41 mil contos), o que é revelador da vontade do povo de Lamosa em ter esta obra. A inauguração do novo edifício (no lugar onde ainda hoje se encontra) aconteceu no dia 18 de agosto de 1998.