CAMINHADA NA ROTA DOS ENCANTOS DA SERRA DA ZEBREIRA: HÁ CINCO ANOS A DESCOBRIR A ALDEIA DE MACIEIRA

CAMINHADA NA ROTA DOS ENCANTOS DA SERRA DA ZEBREIRA: HÁ CINCO ANOS A DESCOBRIR A ALDEIA DE MACIEIRA

Cinco anos depois e cinco edições decorridas, a Caminhada que a aldeia de Macieira idealizou em 2014 continua a ser uma referência no concelho e na região. Este ano aconteceu a 10 de junho, no Dia de Portugal, e nem o mau tempo escondeu a beleza do planalto da Serra da Zebreira, a caminho dos mil metros de altitude. Com o verde a dominar a paisagem e os campos a transbordarem água, apenas o nevoeiro cerrado impediu que se divisasse na linha do horizonte a Serra da Estrela e o Marão, a Barragem do Vilar e o Castelo de Penedono.

Com o nome “Na Rota dos Encantos da Zebreira”, a caminhada mantém o propósito de promover a prática desportiva em contacto direto com a natureza, proporcionando aos pedestrianistas os quatro momentos excecionais da aldeia: a serra da Zebreira, a Fauna e a Flora, o Centeio e o Ribeiro do Vidual.

Ou seja, de forma circular, os trilhos têm procurado contemplar a passagem pelas quatro valias naturais e históricas de Macieira. Por isso, não é de estranhar que depois da contemplação da austera encosta granítica (de onde surge o famoso granito amarelo de Macieira), os trilhos conduzam os visitantes por soutos de frondosas e antigas árvores, misturadas com parcelas de pinheiro bravo e carvalhos. As cores tornam-se mais vivas e a paleta apresenta laivos de amarelo e roxo, quer com as maias quer com o rosmaninho. Chega-se depois ao planalto onde o centeio dominava qualquer recanto arável. Era este o símbolo da aldeia, como consta ainda hoje do brasão de armas. Por fim, no fundo do vale, corre o ribeiro do Vidual, outrora importante ponto de rega para as parcelas que descem de Macieira para Riodades. Os lameiros verdejantes beneficiavam dos excedentes de água e a pastorícia era importante base económica da aldeia.

É certo que os tempos mudam, mas tem cabido à Caminhada reconstituir esta memória de um povo que conhece o seu passado e tem orgulho nas suas raízes. Chamar visitantes à aldeia foi o primeiro grande desafio; mostrar-lhes as potencialidades naturais, patrimoniais e históricas foi outro; fidelizar os amantes do desporto a anotarem na sua agenda a caminhada de Macieira tem sido o resultado mais visível de uma ideia que assumiu na sua estratégia a máxima de “Aldeia, Gente e Identidade”.


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