A equipa de sapadores florestais é financiada pelo Instituto de Conservação da Natureza e Floresta (ICNF), organismo estatal com competência em matéria de gestão da floresta nacional, e funciona desde o dia 1 de março deste ano.
Depois de duas semanas de formação no Centro de Operações Técnicas e Florestais, na Lousã, os elementos da equipa florestal iniciaram os denominados trabalhos de limpeza públicos – de espaços do Estado inseridos em perímetro florestal. Neste momento intervêm na área dos baldios de Granjal, de gestão partilhada entre o ICNF e os Baldios daquela freguesia, ao redor da antiga Casa do Guarda Florestal, cumprindo assim a Lei, que obriga à limpeza de 50 metros ao redor dos edifícios inseridos em espaço rural.
As limpezas de espaços públicos, da responsabilidade do Estado, são aliás a contrapartida exigida aos Municípios para poderem contar com equipas de sapadores florestais. Por isso, ao longo deste ano, 91 dias serão dedicados a esta componente pública estatal, tal como definido no plano aprovado pelo ICNF e que será executado sob supervisão do Gabinete Técnico Florestal do Município de Sernancelhe.
A vigilância e a primeira intervenção em caso de fogo florestal, no período definido como crítico, são outras incumbências desta equipa que, dentro em breve, receberá formação para o efeito por parte da Escola Nacional de Bombeiros, em Mangualde.
Contudo, e porque o concelho, pela sua especificidade territorial, assim o exige, os sapadores florestais realização trabalhos essenciais no âmbito da responsabilidade municipal, como a limpeza da rede viária florestal, acesso e manutenção dos pontos de água inscritos no Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios, e demais espaços tidos como estratégicos para prevenir incêndios florestais e proteger as aldeias e as manchas florestais do Concelho.
O Gabinete Técnico Florestal de Sernancelhe será responsável pela coordenação desta equipa de sapadores florestais, que procurará cumprir à risca o plano acordado com o ICNF e, ao mesmo tempo, promover a diminuição do risco de incêndio, através da manutenção da rede primária de defesa da floresta contra incêndios, nas ações de consolidação e pós fogo, bem como nas ações de estabilização de emergência.